Protetor solar de melanina
Uma nova descoberta sobre a estrutura da melanina nos coloca mais próximos do desenvolvimento de um novo filtro solar potencialmente ultraprotetor, derivado de uma substância biológica encontrada em quase todos os organismos vivos.
O avanço envolve uma melhor compreensão da estrutura fundamental da melanina e de um de seus componentes essenciais, responsável por transformar a luz em calor, protegendo o corpo dos danos causados pelo Sol.
As empresas de cosméticos há muito tentam aproveitar os poderes protetores da melanina natural ou sintética para uso em protetores solares e outros produtos de higiene pessoal. Por exemplo, a melanina poderia, em teoria, ser usada para produzir uma barreira à radiação que aprimoraria os produtos de cuidados com a pele, combinando uma gama mais diversificada de tons naturais de pele.
Mas a melanina é tão notoriamente instável e difícil de estudar que, até agora, os cientistas não conseguiam ver como ela é no nível molecular, resultando em uma abordagem lenta de tentativa e erro para seu potencial uso em produtos de higiene pessoal.
Componente ativo
Xueqing Wang e colegas da Universidade McGill (Canadá) descobriram que é um componente da melanina, chamado indol-5,6-quinona, o responsável por converter em calor a luz de todos os comprimentos de onda, abrangendo do ultravioleta ao infravermelho, explicando o amplo espectro de proteção.
A molécula também é notavelmente pequena, o que os pesquisadores dizem ter benefícios práticos porque o número de átomos necessários para fornecer esse nível de proteção solar é menor do que qualquer coisa relatada até agora.
De posse da estrutura dessa molécula, pesquisadores de todo o mundo agora poderão encontrar modos de tirar proveito dela incorporando-a em produtos de cuidados com a pele.
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