Trabalho voluntário
Mais de 7,4 milhões de pessoas realizaram trabalho voluntário no Brasil no ano passado, o equivalente a 4,4% da população de 14 anos ou mais de idade, um aumento de 12,9% em comparação a 2016.
A informação está na pesquisa Outras Formas de Trabalho 2017, feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua).
O trabalho voluntário é aquele não obrigatório, realizado por pelo menos uma hora na semana, sem recebimento de remuneração ou benefícios em troca, e realizado em apoio a pessoas que não moram no mesmo domicílio do entrevistado e não são de sua família.
O perfil dos voluntários no país é prioritariamente de mulheres que têm uma série de atividades extras, além de trabalho e afazeres domésticos. Os que desenvolviam atividades voluntárias em 2017 eram 5,1% das mulheres e 3,5% dos homens, fato observado em todas as grandes regiões.
Os muitos que ajudam
Para analisar a intensidade do trabalho voluntário, o IBGE considera a média de horas despendidas na semana em tais atividades. Em 2017, a média foi de 6,3 horas semanais, inferior às 6,7 horas constatadas no ano anterior. A região com maior média de horas foi a Norte (7,1 horas) e a com menor média, a Sudeste (6 horas). A única região com aumento da dedicação ao trabalho voluntário foi a Sul. A região Norte ficou estável e as demais tiveram queda. Detalhamento
A quantidade de horas dedicadas ao trabalho voluntário é equivalente entre os homens e as mulheres que realizam esse tipo de atividade.
A dedicação ao trabalho voluntário é maior entre os que têm uma ocupação (4,7% do total) do que entre os não ocupados (3,9%).
Em relação à idade, a participação nessas atividades é maior entre as pessoas mais velhas: em 2017, 2,9% dos que têm 14 a 24 anos faziam trabalho voluntário; a proporção sobe para 4,6% entre os de 25 a 49 anos; e para 5,1% entre os que têm 50 anos ou mais. Nas regiões Norte e Nordeste, no entanto, a maior taxa foi a do grupo de pessoas de 25 a 49 anos de idade (6,9% e 3,6%, respectivamente).
Se considerado o grau de escolarização, a participação é maior entre os que têm nível superior completo (8,1%) do que os que não têm instrução ou têm o fundamental incompleto (2,9%). Para Alessandra Brito, analista do IBGE, este aumento "pode ser por causa do maior acesso à informação da população graduada, que sabe onde realizar esse tipo de trabalho, uma vez que as pessoas com nível superior completo costumam estar melhor inseridas no mercado, com mais tempo livre, e podem por isso mesmo ter uma maior conscientização frente aos menos escolarizados".
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