Não misture fazer com não fazer
Se as autoridades e os profissionais de saúde querem que as mensagens para que as pessoas cuidem de si mesmas e adotem comportamentos saudáveis sejam realmente efetivas, então é melhor falar uma coisa de cada vez.
E, mais importante, é melhor não misturar coisas que se deve fazer com coisas que não se deve fazer.
Assim, quando a recomendação incluir várias mudanças de comportamento e atitudes, deve-se agrupar as mensagens em polaridades similares.
Por exemplo, não diga "Pare de fumar" e "Coma mais vegetais" na mesma mensagem porque a chance de que as pessoas deem atenção a uma recomendação "negativa" - não fazer - e outra "positiva" - fazer algo - é significativamente menor.
"O que descobrimos é que é melhor combinar [as recomendações] de forma homogênea. Se você disser às pessoas para que adotem dois comportamentos e que os comportamentos sejam uma mistura de ações e inações, é provável que os destinatários acatem menos [as recomendações]. É mais fácil enquadrar as recomendações ao longo do mesmo eixo de ação ou inação. Você não quer trabalhar contra si mesmo ou com propósitos cruzados com sua mensagem," disse a professora Dolores Albarracin, da Universidade de Illinois (EUA).
Essa constatação é importante porque encorajar as pessoas a adotar comportamentos saudáveis para a própria saúde - adotar um estilo de vida saudável - envolve um conjunto grande de comportamentos, muitos do tipo "não fazer" e outros tantos do tipo "fazer".
E elaborar a mensagem correta pode ser uma questão de alterar algumas frases.
"Dizer a alguém para aumentar os exercícios e diminuir a ingestão de gordura não é tão eficaz, como mostrado nos resultados comportamentais e clínicos. É melhor dizer 'Aumente o exercício e aumente a quantidade de vegetais que você come' do que 'Aumente o exercício e diminua a ingestão de gordura," detalhou Albarracin.
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