Doenças crônicas nas mulheres
Apesar de as mulheres terem mais doenças crônicas do que os homens, elas utilizam menos o benefício auxílio-doença do que eles.
A constatação faz parte do estudo Qualidade de Vida: Suas Determinantes e sua Influência sobre a Seguridade Social, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Segundo o estudo, tanto entre os contribuintes como entre os não contribuintes, a ocorrência de incapacidade laboral é maior nas mulheres do que nos homens. E em ambos os casos é maior entre os não contribuintes.
Incapacidade para o trabalho
O Ipea constatou que, entre 1998 e 2003, houve aumento na incidência da incapacidade laboral entre os homens contribuintes, passando de 4,02% para 4,37%, e também entre as mulheres, cujo índice passou de 5,87% para 6,28%.
A situação entre os não contribuintes se manteve estável, tanto entre homens (5,35%) como entre mulheres (7,2%).
Apesar de as mulheres terem mais doenças crônicas do que os homens - 36,3% delas têm doenças crônicas contra 29,4% dos homens -, elas utilizam menos o benefício auxílio-doença (22% das mulheres e 25,5% dos homens).
Empregos mais estáveis
Segundo o estudo, isso deve ocorrer devido ao fato de os homens, em geral, serem mais estáveis no trabalho e, consequentemente, na contribuição.
A maternidade tende a ser, para as mulheres, um momento de instabilidade no trabalho, já que o período de gravidez e os primeiros anos pós-nascimento da criança são períodos nos quais as mães tendem a se afastar do trabalho, fazendo uso da licença-maternidade.
Isso, segundo o Ipea, pode vir a resultar em demissão após a volta da licença. Por conseguinte, a contribuição também tende a ser instável.
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