Um acordo fechado recentemente vai disponibilizar para mulheres dos 69 países mais pobres do mundo injeções de anticoncepcionais que custam apenas US$ 1 (cerca de R$ 2,50).
O dispositivo é chamado de injeção mas não se encaixa totalmente nesta categoria. Possui uma pequena agulha, e não a tradicional seringa, e é de fácil aplicação.
O acordo para disponibilizar este método contraceptivo em tantos países foi fechado pela Fundação Gates (do fundador da Microsoft, Bill Gates), a companhia farmacêutica Pfizer e a Fundação Para Investimento na Infância.
O dispositivo já foi usado para combater a hepatite B na Indonésia. E Burkina Faso foi o primeiro país a usar a injeção como método anticoncepcional.
O remédio pode ser injetado de forma simples, bastando apertar uma válvula. Cada dose tem efeito por três meses. Como não é possível usar mais de uma vez, também não há o risco de infecção ao compartilhar agulhas.
A simplicidade do dispositivo também é um aliado para enfermeiras e profissionais de saúde, pois o treinamento para a aplicação em pacientes é mais rápido.
Nos primeiros testes as mulheres participantes relataram menos dor no local onde o anticoncepcional foi aplicado, em comparação com as injeções tradicionais.
Apesar de a proporção de mulheres usando anticoncepcionais na África ter dobrado nas últimas duas décadas, atingindo 26% da população, é muito mais difícil para as mulheres mais pobres, sem escolaridade ou que vivem em regiões rurais conseguir acesso a estes métodos.
A OMS estima que 222 milhões de mulheres em países em desenvolvimento gostariam de adiar ou evitar uma gravidez mas, atualmente, não usam nenhum método anticoncepcional.
Os próximos países que devem começar a usar o anticoncepcional serão Níger, Senegal e Uganda.
O lançamento do anticoncepcional ocorre depois de muitos anos de trabalho na Path, a organização responsável pelo projeto do dispositivo, e do investimento de doadores internacionais.
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