Vacina para o mundo
O governo brasileiro vai voltar a exportar a vacina contra a febre amarela.
A previsão é que, a partir de julho, 1 milhão de doses sejam disponibilizadas a cada mês, totalizando 5 milhões de doses para exportação até o fim do ano.
"Reafirmo o compromisso brasileiro com o cumprimento das cotas acordadas de produção de vacina para exportação e atestamos ainda a eficácia da vacina produzida no Brasil", disse o ministro da Saúde, Ricardo Barros, durante a 7ª Assembleia Mundial da Saúde, em Genebra, Suíça.
Desde fevereiro deste ano, em razão do surto de febre amarela em diversos estados brasileiros, o laboratório Bio-Manguinhos/Fiocruz, maior produtor de vacinas da febre amarela no mundo, deixou de exportar o imunobiológico para atender a demanda nacional. Ainda assim, a falta de oferta levou ao fracionamento da vacina.
A previsão é que, a partir de julho, as vacinas exportadas pelo Brasil sejam compradas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e façam parte de uma espécie de fundo de vacinas que será distribuído aos países em caso de emergência.
O laboratório conta atualmente com uma produção de cerca de 6 milhões de doses mensais da vacina contra a febre amarela. A expectativa é que, até o final deste ano, uma nova fábrica entre em funcionamento e contribua com a produção de 4 milhões de doses, totalizando 10 milhões de doses ao mês em 2018.
Ampliação da vacinação
O ministro também anunciou um esforço de vacinação contra a febre amarela em locais onde não havia anteriormente recomendação de imunização, como Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo.
"Estamos em plena condição de fazer a vacinação em locais com alta densidade populacional e devemos agir preventivamente em áreas onde não havia recomendação para vacinação, como os estados próximos a Minas Gerais, onde tivemos o foco da doença", explicou.
A estratégia de vacinação será feita de forma escalonada para que haja vacina suficiente para todos os estados.
Até o dia 18 de maio, 3.192 casos suspeitos de febre amarela foram notificados no Brasil. Desses, 622 (19,5%) estão em investigação, 758 (23,7%) foram confirmados para a doença e 1.812 (56,8%) foram descartados. Dos 426 óbitos notificados por febre amarela, 264 (62%) foram confirmados, 42 (9,9%) seguem em investigação e 120 (28,1%) foram descartados.
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