Destruir tumor sem cirurgia
Um novo tratamento, em fase de desenvolvimento, permite a remoção de tumores sem cirurgia.
Hoje, o método prevalente de tratamento do câncer é a remoção cirúrgica do tumor, em combinação com tratamentos complementares, como quimioterapia e imunoterapia.
Mas uma combinação de ultrassom e nanobolhas - bolhas minúsculas, com diâmetro medido em nanômetros (10-9 metro) - permite a destruição dos tumores cancerígenos de modo não invasivo, ou seja, sem a necessidade de cirurgia.
As ondas de ultrassom fazem com que as bolhas se concentrem e explodam dentro do tumor, destruindo-o.
O tratamento foi realizado com níveis seguros, de baixa pressão e focado apenas na área do tumor, o que reduz a toxicidade fora do alvo e evita danos aos tecidos saudáveis.
Termoablação
O tratamento de tumores de modo não invasivo já vem sendo pesquisado há algum tempo, mas este método tem apresentado vantagens e desvantagens.
Por um lado, ele permite um tratamento localizado e focado, o tradicional ultra-som pode produzir efeitos térmicos ou mecânicos ao fornecer energia acústica poderosa a um ponto focal com alta precisão, e permite o tratamento de pacientes que não podem se sujeitar à cirurgia de ressecção tumoral. Por outro lado, a desvantagem é que o calor e a alta intensidade das ondas de ultrassom podem danificar os tecidos próximos ao tumor.
Agora os pesquisadores começaram a superar esse problema injetando as nanobolhas na corrente sanguínea, ao contrário do que vinha sendo feito até agora, que é a injeção local de microbolhas no próprio tumor. Isso permitiu usar ondas de ultra-som de baixa frequência, com efeitos mínimos fora do alvo.
Melhor foco e baixa potência
"A combinação de nanobolhas e ondas de ultrassom de baixa frequência proporciona um direcionamento mais específico da área do tumor e reduz a toxicidade fora do alvo. Aplicar a baixa frequência às nanobolhas causa um inchaço extremo e sua explosão, mesmo em baixas pressões. Isto torna possível efetivar a destruição mecânica dos tumores em limiares de baixa pressão.
"Nosso método tem as vantagens do ultrassom, por ser seguro, de baixo custo e clinicamente disponível, além do que o uso de nanobolhas facilita o direcionamento aos tumores porque eles podem ser observados com a ajuda de imagens de ultra-som," disse a Dra Tali Ilovitsh, da Universidade de Tel Aviv (Israel).
O experimento foi realizado em um modelo de camundongo com tumor de câncer de mama, mas a equipe está confiante em que o tratamento também seja eficaz com outros tipos de tumores e, no futuro, possa ser aplicado em humanos.
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