Triplicar os impostos sobre os cigarros em todo o mundo reduziria o número de fumantes em um terço e evitaria 200 milhões de mortes prematuras até o fim deste século por câncer de pulmão e outras doenças causadas pelo tabagismo.
Esse grande aumento de impostos até dobraria o preço de varejo dos maços cigarros em alguns países, e diminuiria a diferença de preço entre os cigarros mais baratos e os mais caros.
Isso encorajaria as pessoas a parar de fumar, em vez de mudar para uma marca mais barata - e ajudaria os jovens a não começar a fumar.
Esses cálculos e essas recomendações foram feitos por uma equipe liderada pelo Dr. Jha Prabhat (Universidade de Toronto - Canadá) em um artigo publicado no New England Journal of Medicine.
Segundo a equipe, o aumento de impostos sobre os cigarros seria especialmente eficaz em países de renda baixa e média, onde os cigarros mais baratos são relativamente acessíveis e onde o tabagismo entre a população continua a aumentar.
Mas a medida também seria eficaz nos países ricos, disse Prabhat, observando que a França cortou pela metade o consumo de cigarros entre 1990 e 2005 aumentando os impostos bem acima da inflação.
"A morte e os impostos são inevitáveis, mas eles não precisam estar nessa ordem," disse o pesquisador. "Um imposto mais elevado sobre o tabaco é a intervenção mais eficaz para reduzir as taxas de tabagismo e para dissuadir futuros fumantes."
"Em todo o mundo, cerca de meio bilhão de crianças e adultos com menos de 35 anos já são - ou serão em breve - fumantes, e pelos padrões atuais, poucos vão deixar de fumar," afirmou o professor Richard Peto, da Universidade de Oxford, que é coautor do estudo.
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