24/11/2017

Aumenta esperança de tratamento contra moscas volantes

Redação do Diário da Saúde
Tratamento para moscas volantes
O que você vê não é a própria mosca volante, mas a sombra que ela projeta na retina.
[Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay]

Moscas volantes

Milhões de pessoas que convivem com pequenas manchas que se deslocam pelo seu campo de visão já podem sonhar com uma solução para suas incômodas moscas volantes.

As moscas volantes são pequenos pontos, manchas, filamentos, ou mesmo estruturas parecidas com teias de aranha, que parecem mover-se na frente de um ou de ambos os olhos. Elas na verdade estão no próprio olho, movendo-se sempre que mexemos os olhos.

Embora sejam benignas - a menos que surjam repentinamente como indicadores de fissões na retina - elas são bastante incômodas.

Tratamento para mosca volante

Embora não haja um tratamento específico e recomendado para eliminar as moscas volantes, alguns oftalmologistas indicam um tratamento a laser para vaporizar essas manchas.

E uma análise desses pacientes mostrou uma taxa de complicações bastante baixa, com a maioria deles relatando uma melhora significativa na visão. Apenas 10 - ou 0,8% do total - apresentaram uma complicação, com a complicação mais comum sendo o aumento da pressão intraocular, que foi tratada com sucesso com um colesterol anti-hipertensivo.

Foi o que relatou o Dr. Inder Paul Singh durante a Reunião Anual da Academia Americana de Oftalmologia.

Ele e sua equipe monitoraram 680 pacientes, submetidos coletivamente a 1.272 procedimentos de laser para tratar moscas volantes de grandes dimensões, que atrapalhavam o dia a dia dessas pessoas. Os pacientes retornaram ao consultório de um a quatro anos após o procedimento para verificar se havia complicações.

Essa análise é importante porque a coleta de dados sobre a segurança a longo prazo é vital para determinar a eficácia dos lasers para tratar as moscas volantes.

Riscos e vantagens do laser

A maioria das moscas volantes consiste em pedaços de uma proteína chamada colágeno. Elas são parte de uma substância semelhante a um gel na parte de trás do olho chamado vítreo. Conforme a pessoa envelhece, o vítreo encolhe lentamente e forma opacidades de tamanho e forma variáveis. O que você vê não é a própria mosca volante, mas a sombra que ela projeta na retina.

Usar um laser para dividir as moscas volantes em pedaços menores, de modo que elas incomodem menos, tem sido testado desde a década de 1980. Contudo, a maioria dos oftamologistas manifesta-se contra o uso de lasers para tratar moscas volantes porque os primeiros testes mostraram que o laser não conseguia alvejar corretamente os blocos de colágeno, o que acabava gerando danos ao cristalino ou à retina.

O Dr. Singh afirma que a tecnologia dos lasers avançou, melhorando a visualização das moscas volantes em relação ao cristalino e à retina. Com isso, a energia é aplicada de forma mais eficiente, diminuindo o risco de danos permanentes - os casos agora são bem mais raros, conforme sua análise mostrou, embora ainda aconteçam.

"O procedimento e a nova técnica estão lentamente ganhando aceitação, e um número crescente de oftalmologistas os está usando na Europa e nos EUA," disse o Dr. Singh, destacando que é importante estudar os méritos desta e de outras opções de tratamento ainda em desenvolvimento.

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