Exercícios contra o câncer
Duas pesquisas publicadas em revistas médicas nesta semana apontam formas simples e fáceis para que as mulheres possam reduzir o risco de contrair o câncer de mama.
Na primeira pesquisa, feita no Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos e publicada na revista Breast Cancer Research, os cientistas demonstraram que atividades regulares como corrida, ginástica aeróbica ou mesmo trabalho doméstico pesado estão associadas a uma redução de 30% do risco de desenvolvimento da doença.
Magras pós-menopausa
A atividade física pesada não parece ter efeito sobre mulheres com obesidade ou acima do seu peso normal. E os melhores resultados foram verificados entre as mulheres que já passaram pela menopausa.
"Neste grupo de mulheres que passaram pela menopausa, a redução do risco de câncer de mama parece estar limitada a formas mais vigorosas de atividade física", afirmou Michael Leitzmann, coordenador da pesquisa. "Nossas descobertas sugerem que a atividade física age como apoio a mecanismos biológicos que são independentes do controle de peso do corpo."
Atividades físicas pesadas
Os pesquisadores consideraram como exercício físicos vigorosos as tarefas domésticas pesadas como esfregar o chão, lavar janelas, cavar no jardim ou cortar madeira. Entre as atividades esportivas, as mais vigorosas foram corrida, caminhada rápida, tênis competitivo, aeróbica, bicicleta ao ar livre e dança rápida.
As atividades consideradas mais leves incluem passar aspirador de pó, lavar roupas, pintura e jardinagem geral. Entre os esportes estavam caminhada, tênis recreativo e boliche.
Inicialmente, os números indicaram uma redução do risco de câncer de mama muito pequena associada a atividades físicas. Mas, quando os pesquisadores analisaram os números apenas em mulheres com peso normal, a associação foi bem mais forte.
Sono contra o câncer
Na segunda pesquisa, realizada na Universidade de Tohoku, no Japão, e publicado na revista científica British Journal of Cancer, os cientistas descobriram que as mulheres que dormem regularmente seis horas ou menos por noite podem estar aumentando o risco de ter câncer de mama em mais de 60% em relação às mulheres com sono normal.
Depois de analisar os hábitos de quase 24 mil mulheres, com idades entre 40 e 79 anos, durante oito anos, os cientistas descobriram que aquelas que dormiam regularmente seis horas ou menos por noite tinham 62% mais chances de apresentar o câncer de mama, quando comparadas com as mulheres que dormiam regularmente sete horas.
Mostrando que o sono pode ser ainda mais importante, os pesquisadores verificaram que as mulheres que dormiam nove horas em média por noite tinham 28% menos chances de contrair o câncer de mama.
Melatonina
Os cientistas acreditam que a ligação entre o sono e o câncer de mama pode estar no hormônio melatonina, produzido pelo cérebro durante o sono. A melatonina é responsável por regular o relógio interno do corpo e controla a quantidade de hormônios sexuais liberados.
Eles afirmam, no entanto, que não tiveram informações sobre a qualidade do sono das mulheres, o uso de remédios para dormir ou a presença de problemas na hora de dormir.
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