Rede de sensores
Pesquisadores da Universidade do Estado de Michigan, nos Estados Unidos, estão desenvolvendo uma rede de sensores sem fios que poderão ser incorporados às roupas para monitorar a atividade física e o bem-estar geral de uma pessoa.
A equipe do Dr. Subir Biswas já está usando três pequenos sensores sem fio - um no punho, um no braço e outro na perna - que, durante qualquer atividade física, medem a frequência, a intensidade e o tempo gasto, além do tipo de atividade.
Os dados são transmitidos automaticamente para computadores de monitoramento. No futuro, esses computadores poderão ser servidores instalados em hospitais ou outros prestadores de serviços médicos, permitindo a avaliação e o monitoramento remoto do bem-estar de um paciente ou de um atleta.
"Isso acrescenta uma outra dimensão na forma como nós medimos a atividade física," afirma Karin Pfeiffer, que participa do desenvolvimento dos sensores. "Se não podemos medir com precisão a atividade física, não podemos saber o que é eficaz e o que não é na luta contra a obesidade e outros fatores de risco à saúde."
Além dos acelerômetros
Biswas e Pfeiffer estão desenvolvendo o sistema de rede sem fio para detectar com mais precisão as diversas atividades físicas e o gasto energético em cada uma delas.
Embora os acelerômetros - dispositivos usados para medir o movimento - tenham-se tornado uma ferramenta popular para monitorar a atividade física, eles têm várias limitações, como a incapacidade de medir os movimentos para cima e as atividades realizadas enquanto se está parado, entre outros.
"Com a abordagem tradicional usando acelerômetros, nos monitoramos a atividade física medindo apenas os movimentos de cada parte individual do corpo, não sua distância umas das outras", explica o pesquisador. "Embora uma abordagem baseada em acelerometria possa ser usada para diferenciar movimentos como caminhar e correr, ela não é muito eficaz para identificar e diferenciar entre as posturas de baixa atividade, como sentar e levantar."
"Com esta nova tecnologia podemos medir a aceleração, a inclinação, a postura, a proximidade dos membros uns dos outros, tudo em conjunto," disse Biswas.
Computador de vestir
Os resultados obtidos com os protótipos, que serão agora testados em estudantes, permitirão que a equipe comece a estudar características avançadas para incorporar nos sensores, como o processamento de dados estatísticos em tempo real e o feedback aos participantes, tudo em dispositivos incorporados ao próprio corpo, criando um verdadeiro "computador de vestir".
"Ao detectar mais informações sobre a atividade física, podemos começar a orientar os programas de exercícios," disse Pfeiffer. "Isso vai nos ajudar imensamente na reversão de algumas tendências alarmantes, como as relacionadas à saúde das crianças."
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