Minerais ósseos
Os últimos anos da adolescência são um período importante para a consolidação dos ossos - mesmo depois que o adolescente atingiu sua altura de adulto.
A conclusão veio da análise de uma amostra multicêntrica e racialmente diversificada que acompanhou mais de 2.000 adolescentes, do fim da fase infantil até o início da fase adulta.
"Nós frequentemente pensamos no crescimento de uma criança principalmente em relação à altura, mas o desenvolvimento geral do osso também é importante," explica a professora Shana McCormack, do Hospital Infantil da Filadélfia (EUA). "Este estudo mostra que cerca de 10 por cento da massa óssea continua a se acumular depois que um adolescente atinge sua altura de adulto".
O monitoramento dos adolescentes mostrou que o crescimento ósseo não é homogêneo em todo o corpo - ele é específico de cada local, com a densidade mineral óssea se desenvolvendo a diferentes taxas em diferentes partes do esqueleto.
"Nós também mostramos que os eventos de crescimento atingem o pico mais cedo nos adolescentes afro-americanos do que nos adolescentes não-afro-americanos. Quando os prestadores de cuidados de saúde interpretam dados como a densidade óssea em seus pacientes, eles devem levar em consideração esses padrões nas trajetórias de crescimento," disse Babette Zemel, coautora do estudo.
Atraso na infância, recuperação na adolescência
O estudo revela que o crescimento em altura supera os ganhos nos minerais ósseos antes da adolescência, o que pode explicar as altas taxas de fraturas entre crianças e adolescentes. Esse "atraso" na acumulação de minerais ósseos é compensado após o crescimento da altura estar completo.
Isto reforça a importância da dieta e das atividades físicas durante o final da adolescência, como base para consolidar a saúde do jovem.
"É no final da adolescência que alguns adolescentes adotam comportamentos de risco, como tabagismo e consumo de álcool, piores escolhas dietéticas e diminuição da atividade física, o que pode prejudicar o desenvolvimento ósseo," disse McCormack. "Este período é um momento para que os pais e cuidadores incentivem comportamentos mais saudáveis, como melhores dietas e mais atividade física".
"Sabemos há muito tempo que a maximização da saúde óssea na infância e na adolescência protege as pessoas da osteoporose mais tarde na vida," acrescentou Zemel.
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