Detector de infecções
Ainda não é o tricorder de Jornada nas Estrelas, mas este pequeno aparelho consegue detectar - rapidamente e sem contato - se um ferimento ou sutura está infeccionado ou não.
Capturando o calor produzido por um ferimento ou sutura, bem como medindo a fluorescência das bactérias, os médicos podem rapidamente diferenciar entre uma inflamação normal e uma infecção potencialmente perigosa. Isto permitirá uma intervenção mais rápida, detectando infecções antes que se tornem ameaças graves à saúde.
O aparelho funciona em conjunto com um celular ou tablet, capturando imagens médicas que são prontamente analisadas para avaliar os ferimentos em busca de infecções.
É notoriamente difícil para os médicos, mesmo em um ambiente hospitalar, identificar quando uma ferida está infeccionando. Os sinais e sintomas clínicos são imprecisos e os métodos de cultura para identificação de bactérias são demorados, pelo que o diagnóstico pode ser subjetivo e dependente da experiência do médico. Mas a infecção pode retardar a cura ou espalhar-se pelo corpo se não for tratada rapidamente.
"O tratamento de feridas é uma das ameaças mais caras e mais negligenciadas aos pacientes e ao nosso sistema geral de saúde," disse o Dr. Robert Fraser, da Universidade Western (EUA). "Os médicos precisam de melhores ferramentas e dados para melhor atender seus pacientes, que sofrem desnecessariamente".
Encontrando infecções não diagnosticadas
O aparelho, chamado Swift Ray 1, foi projetado para ser conectado a um celular, onde ele é controlado por um aplicativo.
O conjunto permite tirar fotografias de nível médico, fazer imagens de termografia infravermelha (que medem o calor corporal) e imagens de fluorescência bacteriana (que revelam bactérias usando luz violeta).
Curiosamente, nenhuma dessas imagens isoladamente é suficiente para identificar uma infecção. Mas o programa usa-as em conjunto para tirar conclusões que hoje não estão disponíveis, sem precisar de três aparelhos separados e técnicos treinados em cada modalidade.
Em um teste com 66 pacientes com ferimentos, nenhum deles considerado infectado pelos exames clínicos, o aparelho revelou um quadro bem diferente: 20 foram considerados não inflamados, 26 estavam inflamados e 20 estavam infectados.
"Este foi um estudo piloto, mas já planejamos estudos de acompanhamento," advertiu o Dr. Fraser. "No futuro, será necessário validar populações de pacientes com mais tipos de feridas."
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