Robô assistivo evita quedas e auxilia na fisioterapia para idosos

O robô procura dar liberdade ao usuário, só entrando em ação quando a queda é iminente.
[Imagem: NTU]

Robô antiquedas

Pesquisadores da Universidade Tecnológica de Nanyang e do Hospital Tan Tock Seng (Cingapura) desenvolveram um robô assistivo capaz de detectar e prevenir a queda de uma pessoa antes que ela aconteça, reduzindo o risco de o usuário sofrer lesões.

O robô também pode ser usado para ajudar na reabilitação dos pacientes em sessões de fisioterapia, incluindo os tratamentos para o AVC.

Chamado de "Assistente de Equilíbrio Móvel Robótico", ou MRBA (pronuncia-se 'Mister-Bah'), o robô usa seus sensores para detectar instantaneamente uma perda de equilíbrio, usando então seu cinto de segurança, que é usado ao redor dos quadris do usuário. Essa abordagem permite que o usuário ande livremente, sem ser incomodado por excesso de equipamentos, com o robô só atuando para realmente segurar o paciente antes que ele caia.

O sistema de controle do equilíbrio humano degenera com a idade. Isso é exacerbado por condições como doenças e lesões neurológicas, problemas musculoesqueléticos, como entorses de tornozelo, escoliose ou membros ausentes, bem como vertigens. Essa perda de controle do equilíbrio muitas vezes resulta em quedas, principalmente em idosos.

O robô usa uma câmera com sensor de profundidade para observar os movimentos do usuário, enquanto seus algoritmos de aprendizado de máquina estimam o estado de equilíbrio do usuário em tempo real para prever melhor quaisquer desequilíbrios ou a iminência de uma queda.

O aparelho também poderá ajudar os pacientes que têm dificuldade em andar e se equilibrar a se levantarem com segurança de uma posição sentada, e a se sentarem com segurança de uma posição em pé.

Sistema de equilíbrio humano

Projetado para ser usado com a ajuda mínima de um cuidador em ambientes institucionais e domiciliares, o robô pode auxiliar pessoas com mobilidade limitada ou reduzida em tarefas do dia-a-dia, como entrar e sair de elevadores, abrir portas, vestir-se e realizar tarefas, de cozinhar a regar plantas.

Nos ensaios clínicos envolvendo 29 participantes, incluindo pacientes que sofreram acidente vascular cerebral, lesões cerebrais traumáticas e lesões na medula espinhal, os pesquisadores comprovaram que o MRBA foi bem-sucedido em ajudá-los a se sentar, ficar em pé e andar, além de auxiliar em tarefas do dia a dia, como ir tomar água. Nenhuma queda foi registrada nos ensaios, que duraram três dias por participante.

A equipe pretende fabricar o MRBA em três modelos: O primeiro modelo para atender usuários que pesam até 80 quilos, o segundo para atender aqueles que pesam até 120 quilos, e a terceira versão para dar apoio a movimentos mais hábeis.