Minicérebros brasileiros
Depois de cinco anos de colaboração entre UFRJ, Unicamp, Embrapa e Instituto D'Or de Pesquisa e Ensino (IDOR), cientistas brasileiros foram capazes de gerar em laboratório, pela primeira vez, neurônios humanos responsivos a estímulos sensoriais.
A partir da reprogramação celular, a equipe cultivou neurônios em condições semelhantes àquelas encontradas na fisiologia humana, com a presença de queratinócitos, elementos importantes nas pesquisas sobre calvície, cura de ferimentos e renovação da pele, entre outros.
A comunicação entre esses dois tipos de células - neurônios e queratinócitos - e a liberação de substâncias produzidas pelos queratinócitos permitiu o desenvolvimento in vitro e a maturação dos neurônios sensoriais.
Os neurônios sensoriais criados em laboratório têm características específicas desse tipo celular, incluindo a detecção de estímulos dolorosos e a produção de compostos químicos responsáveis por transmitir sinais de dor ao cérebro.
Essa conquista abre caminho para múltiplas aplicações nos campos da pesquisa médica e cosmética. Esses "minicérebros" já permitiram, por exemplo, confirmar o papel fundamental dos neurônios na manutenção da renovação da pele. Mas há outras aplicações clínicas em vista.
"Uma possível aplicação dessa metodologia é estudar como esses neurônios atuam em doenças como a dor crônica, que afeta milhões de pessoas no Brasil e no mundo. Há também um grande potencial para o estudo de medicamentos analgésicos e ansiolíticos," disse o professor Stevens Rehen, pesquisador no IDOR e na UFRJ.
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