Felicidade sem dinheiro
O crescimento econômico é a receita padrão do mundo ocidental para aumentar o bem-estar das pessoas, mas parece haver uma boa razão para questionar essa suposição.
Pesquisadores das universidades McGill (Canadá) e Autônoma de Barcelona (Espanha) decidiram descobrir como as pessoas avaliam seu bem-estar subjetivo em sociedades onde o dinheiro desempenha um papel mínimo e que geralmente não são incluídas em pesquisas globais de felicidade.
Eles descobriram que a maioria das pessoas nessas regiões, consideradas "carentes de desenvolvimento econômico" pelos especialistas, relata níveis notavelmente altos de felicidade.
Isso foi especialmente verdadeiro nas comunidades com os níveis mais baixos de monetização, ou seja, onde o dinheiro é menos importante. Os cidadãos dessas regiões relataram um grau de felicidade comparável ao encontrado nos países escandinavos, que normalmente têm as taxas mais altas de prosperidade econômica e de felicidade do mundo.
Os dados indicam ainda que altos níveis de bem-estar subjetivo podem ser alcançados com um mínimo de economia monetarizada, ou economia formal, o que contesta a receita típica dos economistas ocidentais de que o crescimento econômico aumentará automaticamente a satisfação com a vida entre as populações de baixa renda.
"Nosso estudo sugere maneiras possíveis de alcançar a felicidade que não estão relacionadas a altas rendas e riqueza material," disse o professor Eric Galbraith. "Isso é importante porque, se replicarmos esses resultados em outros lugares e pudermos apontar os fatores que contribuem para o bem-estar subjetivo, isso pode nos ajudar a contornar alguns dos custos ambientais associados à obtenção do bem-estar social nas nações menos desenvolvidas."
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