Meditação contra perfeccionismo
A meditação da atenção plena, com seu foco no não-julgamento das emoções e pensamentos, pode ajudar os perfeccionistas a se recuperarem do estresse que incorrem ao tentarem não falhar.
Pesquisadores usaram a variabilidade da frequência cardíaca para medir a recuperação do estresse durante as sessões de meditação da atenção plena em 120 estudantes universitários que obtiveram alta pontuação em uma ferramenta de triagem para perfeccionismo - a necessidade de ser ou parecer perfeito.
As sessões de meditação de atenção plena que incorporavam um elemento de não-julgamento - ou percepção e aceitação - levaram a uma melhor recuperação em comparação com as sessões gerais de meditação de atenção plena, focadas apenas na observação.
Não-julgamento é a chave
Estes novos resultados resolvem um dilema ocorrido em pesquisas anteriores que usaram a variabilidade cardíaca de alta frequência (HF-HRV) para medir a recuperação do estresse durante uma meditação da atenção plena em estudantes universitários perfeccionistas. Os resultados indicavam que apenas os não-perfeccionistas apresentavam recuperação da HF-HRV do estresse, sugerindo que a atenção plena não seria eficaz para os perfeccionistas.
No entanto, Hannah Koerten e colegas da Universidade Estadual de Bowling Green (EUA) deram-se conta de que a meditação da atenção plena usada naquele experimento não havia incorporado um elemento de não-julgamento, que pode ser um componente essencial para os perfeccionistas.
A hipótese se mostrou correta, com a atenção plena com foco no não-julgamento das emoções mostrando-se especialmente eficaz para ajudar os perfeccionistas a melhorar a HF-HRV após a percepção de uma falha.
"Este estudo amplia as descobertas dos pesquisadores da atenção plena e sugere a importância potencial do não-julgamento das emoções e experiências durante a prática da atenção plena para os perfeccionistas," resumiu Hannah.
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