Aumentos drásticos
A escarlatina, uma infecção que atingia majoritariamente crianças e havia ficado praticamente relegada ao século passado, está reaparecendo em algumas partes do mundo.
Um surto da doença está acontecendo no Reino Unido e na Ásia e tem intrigado especialistas.
Na Inglaterra e no País de Gales se fala inclusive de "drásticos aumentos" de incidência desse tipo de infecção, e as autoridades de saúde pública ainda não conseguiram identificar a causa para isso.
Em 2015, foram registrados 17.586 casos da infecção no país - número mais alto desde 1967, quando foram registrados 19.305 casos.
"Durante os últimos cinco anos, houve mais de 5 mil casos em Hong Kong, algo que representa 10 vezes o número médio de casos registrados anteriormente. E foram mais de 100 mil casos na China", revelou o professor Mark Walker, do Centro de Doenças Infecciosas da Austrália.
No Brasil, não há notícias de um número significativo de casos recentemente.
Escarlatina
A escarlatina, que afeta principalmente crianças entre 5 e 12 anos, é uma infecção bacteriana causada por estreptococos do grupo A.
Ela é transmitida pelo contato próximo de pessoas que têm a bactéria - frequentemente encontrada na garganta, portanto é comum a transmissão pela saliva - ou pelo contato com objetos contaminados.
Os sintomas incluem dor de garganta, dor de cabeça, febre e uma textura áspera e vermelha da pele na região do peito e do estômago - que depois pode se espalhar para outras partes do corpo.
A doença é tratada com antibióticos e é, em geral, uma infecção leve. O sintoma clássico que ela apresenta é um tipo de palidez seguida de descamação e vermelhidão na pele e na língua e pequenos pontos vermelhos no fundo do céu da boca, além de dor de garganta.
Causa desconhecida
A escarlatina foi uma infecção comum na Inglaterra e no País de Gales no início do século 20, até os anos 1930, uma época que eles chegaram a registrar até 100 mil casos.
Desde então, os números foram reduzindo de maneira gradual, principalmente devido ao surgimento dos antibióticos. No entanto, em 2014, os especialistas começaram a notar um aumento recente significativo no número de casos.
Ainda não se sabe a causa do retorno da doença.
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