Menos invasiva
Neurologistas desenvolveram uma técnica capaz de dissolver coágulos sanguíneos no cérebro de forma minimamente invasiva.
Hoje, a remoção desses coágulos, produzidos sobretudo durante derrames, exige uma cirurgia com exposição do cérebro, chamada craniotomia, com risco de danificar outras áreas sensíveis.
A nova técnica minimamente invasiva elevou em até 15% a quantidade de pacientes que reconquistam a autonomia depois do tratamento.
"A última forma de acidente vascular cerebral ainda não tratável pode agora ter um tratamento," afirmou o Dr. Daniel Hanley, da Universidade Johns Hopkins (EUA), um dos membros da equipe que desenvolveu a técnica.
Sem craniotomia
O tratamento significa que o paciente poderá ter menos sequelas, ou mesmo nenhuma, reconquistando os movimentos e a fala, por exemplo.
A técnica consiste basicamente em permitir que os coágulos, produzidos por hemorragia intracerebral, dissolvam-se por si próprios.
Em vez de retirar a cobertura óssea do cérebro para a craniotomia, os médicos furam um pequeno buraco no crânio, próximo à formação do coágulo.
A seguir, um catéter é inserido no cérebro, guiado por um exame de tomografia computadorizada, levando a droga t-PA até o coágulo, que contrai a uma taxa de até 20% ao dia.
Segundo Hanley, os pacientes que já passaram pela técnica minimamente invasiva não tiveram os efeitos colaterais comumente associados com a craniotomia.
Hemorragia intracerebral
A hemorragia intracerebral é uma perda de sangue no cérebro que produz um coágulo.
Esse coágulo aumenta a pressão e causa a liberação de químicos inflamatórios que causam danos irreversíveis ao cérebro, podendo levar à morte (50% dos casos) ou à incapacitação física extrema.
Apenas cerca de 15% dos pacientes que sofrem derrame têm uma hemorragia intracerebral.
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