Nanoflores contra bactérias
Uma nanoestrutura semelhante a um cravo é o novo caminho para criar bandagens e curativos capazes de promover a cicatrização de feridas e ferimentos.
Fatemeh Ahmadpoor e colegas da Universidade de Gênova (Itália) demonstraram que seus curativos revestidos com nanoflores apresentam propriedades antibióticas e anti-inflamatórias, além de serem totalmente biocompatíveis.
Os resultados dos testes de laboratório mostram que essas bandagens com nanoflores - flores com dimensões na faixa dos nanômetros (10-9 metro) - são candidatas promissoras para tratar infecções e condições inflamatórias.
As nanoflores são estruturas minúsculas e automontáveis, mas não têm nada de biológico, "brotando" a partir de materiais inertes, como ácido tânico e fosfato de cobre. Sua grande vantagem é uma enorme área de superfície, que fornece espaço para anexar moléculas de medicamentos, tornando as flores particularmente adequadas para administrar medicamentos.
Para fazer suas flores baseadas em nanotecnologia, a equipe escolheu as duas substâncias (fosfato de cobre e ácido tânico) devido às propriedades antibióticas e anti-inflamatórias de ambos os reagentes. Depois de cultivar suas flores em uma solução salina, os pesquisadores anexaram as estruturas bioinspiradas em tiras de tecido de nanofibra eletrofiada.
Nos testes, as bandagens revestidas com nanoflores inativaram um amplo espectro de bactérias, incluindo E. coli, Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus, além de seus biofilmes resistentes a antibióticos. Os curativos também eliminaram espécies reativas de oxigênio e não danificaram células humanas cultivadas em laboratório.
A equipe afirma que essas bandagens revestidas com nanoflores representam um avanço revolucionário ao fornecer uma solução natural, de baixo custo e altamente eficiente para combater infecções e acelerar a cicatrização de feridas, com o potencial de redefinir os padrões de tratamento para pacientes com feridas crônicas.
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