Cicatrização óssea
Os livros-texto de Medicina sobre como ocorre a cura das fraturas ósseas terão que ser reescritos.
Além disso, todos os esforços para promover a cicatrização óssea podem estar sendo, no mínimo, mal direcionados.
Uma equipe da Universidade Vanderbilt (EUA) descobriu que a fibrina, uma proteína que se acreditava desempenhar um papel chave na cicatrização das fraturas ósseas, nem mesmo é necessária no processo de cura.
Na verdade, é a "quebra" da fibrina que é essencial para o reparo da fratura.
"Muitos dos protocolos farmacêuticos atuais são baseados no uso da fibrina para promover a cicatrização da fratura. Em certos casos, pode ajudar, mas nós mostramos com certeza que você não precisa dela. A biologia óssea não necessita da fibrina para curar uma fratura," acentua o pesquisador Jonathan Schoenecker.
Remédios para fraturas
Os resultados podem explicar por que as crianças se curam de fraturas tão rapidamente - seus níveis de fibrinogênio são cerca de metade dos níveis de um adulto.
E pode explicar também por que a obesidade, diabetes, tabagismo e idade avançada prejudicam o reparo das fraturas. Todas essas condições estão associadas com dificuldades de eliminação da fibrina.
O pesquisador destaca que alguns medicamentos desenvolvidos para a medicina cardiovascular - para evitar a coagulação - podem encontrar novos usos na recuperação de fraturas ósseas em pessoas com deficiências no processo.
Como os ossos cicatrizam?
A fibrina está envolvida na coagulação do sangue, formando uma malha que retém as plaquetas responsáveis pela formação do coágulo. Da mesma forma, quando os ossos quebram, é urgente parar o sangramento.
"A maioria das pessoas não se dá conta de que os ossos são o órgão mais vascularizado em nossos corpos," explica Schoenecker. "Quando você tem uma fratura, você tem uma enorme perturbação dessa vascularização."
Como a fibrina é a principal proteína no local de uma fratura, os cientistas acreditavam que ela promovesse a reparação do osso, proporcionando um suporte para a fase inicial da formação do osso novo.
Schoenecker e seus colegas descobriram, porém, que o reparo da fratura continua normal em camundongos sem o fibrinogênio, o precursor da fibrina: os vasos sanguíneos crescem primeiro nas extremidades da fratura, se estendem e então se reconectam.
A fibrina então sai de cena e começa a formação de um novo osso.
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