Danos dos infartos ao músculo cardíaco
Cientistas e médicos estão propondo uma nova classificação dos ataques cardíacos, tendo como base os danos que cada evento gera no músculo cardíaco.
O objetivo é estratificar o risco de cada paciente com mais precisão, estabelecendo as bases para o desenvolvimento de novas terapias específicas para cada estágio da lesão com base na patologia dos tecidos.
"As ferramentas existentes classificam os infartos agudos do miocárdio usando a apresentação clínica do paciente e/ou a causa do ataque cardíaco, bem como os resultados do ECG. Embora essas ferramentas sejam muito úteis para orientar o tratamento, elas não consideram detalhes do dano tecidual subjacente causado pelo ataque cardíaco.
"Este consenso de especialistas, baseado em décadas de dados, é o primeiro sistema de classificação deste tipo [...]. Ele oferece uma definição mais diferenciada dos ataques cardíacos e melhora a nossa compreensão do infarto do miocárdio aterotrombótico agudo. No nível dos tecidos, nem todos os ataques cardíacos são iguais; a nova classificação abre caminho para o desenvolvimento de terapias mais refinadas para o infarto do miocárdio, o que poderia, em última análise, resultar em melhores cuidados clínicos para os pacientes e melhores taxas de sobrevivência," disse o Dr. Andreas Kumar, responsável pela equipe que propôs a nova classificação.
Classificação dos infartos
A classificação descreve danos ao músculo cardíaco após um infarto em quatro estágios sequenciais e em nível crescente de gravidade. Cada estágio reflete a progressão da patologia tecidual de isquemia miocárdica e lesão de reperfusão do estágio anterior.
À medida que os danos ao coração aumentam em cada estágio progressivo, aumenta dramaticamente o risco de complicações como arritmia, insuficiência cardíaca e morte. A terapia apropriada pode potencialmente impedir a progressão da lesão e interromper o dano em um estágio anterior.
"A nova classificação ajudará a diferenciar os ataques cardíacos de acordo com o estágio do dano tecidual e permitirá que os profissionais de saúde estimem com mais precisão o risco de um paciente em termos de arritmia, insuficiência cardíaca e morte. Em última análise, espera-se que ela leve a melhores cuidados, melhor recuperação e melhores taxas de sobrevivência para pacientes com ataque cardíaco," concluiu o Dr. Kumar.
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