21/06/2013

Câncer de próstata pode ser apenas observado sem riscos

Redação do Diário da Saúde
Câncer de próstata pode ser observado, não tratado imediatamente
"Cerca de 70% dos homens têm câncer de próstata de baixo risco, e estima-se que 60% deles são tratados desnecessariamente".
[Imagem: Dana-Farber]

Em 2010, um estudo sueco causou furor na comunidade médica ao concluir que o monitoramento pode ser o melhor tratamento para o câncer de próstata.

Agora, uma equipe do Instituto de Câncer Dana-Farber e do Hospital Geral de Massachusetts, ambos nos EUA, reforçou esses resultados.

Segundo o novo estudo, homens com câncer de próstata localizados e de baixo risco podem optar com segurança pela "vigilância ativa", ou observação vigilante, em vez de se submeter imediatamente ao tratamento padrão.

Vigilância Ativa e Espera Vigilante

Na vigilância ativa (VA), o paciente submete-se a exames de sangue para medir o antígeno prostático específico (PSA) a cada três meses, exames retais a cada seis meses, e uma biópsia de próstata um ano depois do diagnóstico e, a seguir, a cada três anos.

Se os exames mostrarem que o câncer é mais agressivo do que se pensava inicialmente, os pacientes começam o tratamento para a cura da doença. "Esta abordagem também pode ser descrita como tratamento adiado", disse a Dra Julia Hayes, coordenadora do estudo.

Um paciente que escolhe a espera vigilante é observado sem o acompanhamento intensivo e recebe um tratamento paliativo quando o câncer se torna sintomático.

Os tratamentos para câncer de próstata de baixo risco incluem prostatectomia radical, radioterapia de intensidade modulada (IMRT) ou braquiterapia (implante de sementes radioativas).

Vantagens da espera

Além de não aumentar o risco de morte, os pacientes que acompanham a doença antes de se submeter a um tratamento traumático têm melhor qualidade de vida.

Os autores afirmam que seus modelos estatísticos mostram que "a observação é razoável e, em algumas situações, uma alternativa econômica para o tratamento inicial" de cerca de 70% dos homens cujo câncer - o número médio classificado como de baixo risco no momento do diagnóstico.

"Cerca de 70% dos homens têm câncer de próstata de baixo risco, e estima-se que 60% deles são tratados desnecessariamente", com várias formas de radiação ou pela cirurgia de prostatectomia radical, afirmou Hayes.

Um ensaio clínico chamado PIVOT verificou que esses homens terão o mesmo risco de morte ao longo de um período de 12 anos se foram submetidos à prostatectomia radical ou se forem simplesmente acompanhados por exames.

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