Luz para o diagnóstico
Um novo aparelho promete reduzir o número de biópsias desnecessárias, um grande problema com que médicos e pacientes se deparam nos casos de melanoma e de outras lesões cancerígenas da pele.
Cada vez mais os médicos se voltam para a luz não apenas como ferramenta de diagnóstico, mas também como opção terapêutica.
Os pesquisadores da Universidade do Texas (EUA) juntaram em um único aparelho três formas de usar a luz para medir as propriedades dos tecidos da pele e detectar o câncer.
Conforme a pele normal se torna cancerosa, os núcleos celulares se ampliam, as camadas superiores da pele podem engrossar, as células podem aumentar o consumo de oxigênio e elas podem mostrar-se desorganizadas.
Todas essas modificações alteram o modo como a luz interage com o tecido.
A combinação de três técnicas espectroscópicas comuns - espectroscopia Raman, espectroscopia de reflectância difusa e espectroscopia de fluorescência induzida por laser - em um único instrumento cria imagens mais completas e mais detalhadas de qualquer lesão da pele.
Biópsias negativas
Atualmente, a única maneira definitiva de diagnosticar o câncer de pele consiste em realizar uma biópsia, na qual os médicos removem uma amostra da pele e examinam o tecido em um microscópio para procurar células cancerígenas.
A dificuldade é que determinar quais lesões exigem a análise mais detalhada de uma biópsia é uma arte muito imprecisa - para cada caso de câncer de pele detectado, há cerca de 25 biópsias negativas realizadas.
Ao revelar informações invisíveis ao olho humano, o aparelho pode melhorar o diagnóstico e eliminar muitas biópsias negativas.
Os pesquisadores começaram a testar o seu aparelho 3-em-1 em ensaios clínicos e estão fazendo parcerias com agências de financiamento e empresas para ajudar a levar o aparelho para os consultórios dos dermatologistas.
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