Pesquisadores australianos criaram um adesivo que, colado sobre a pele, aplica vacinas de forma barata, eficaz e indolor.
Especialistas deram boas vindas à novidade, mas disseram que o método pode não ser apropriado para todos os pacientes.
O pesquisador Mark Kendall, da Universidade de Queensland, apresentou a criação de sua equipe exatos 160 anos depois que Alexander Wood solicitou a primeira patente para a agulha e a seringa.
Talvez tenha chegado a hora de atualizar essa tecnologia, trocando-a por uma nanotecnologia.
Ativação imunológica
Há outras razões para isso que vão além do medo da agulha, da dor e dos riscos de contaminação.
Milhares de minúsculas saliências no adesivo perfuram a pele e liberam a vacina, que é aplicada de forma seca.
Um ponto fraco das vacinas tradicionais é que, por serem líquidas, precisam ser mantidas no refrigerador - a vacina nanoadesiva pode ser mantida a 23ºC durante um ano.
"As saliências no adesivo trabalham com o sistema imunológico da pele. Nosso alvo são essas células, situadas a um fio de cabelo de distância da superfície da pele", disse Kendall.
Segundo o pesquisador, o ponto imunológico exato pode estar na pele e não no músculo - e as agulhas atravessam diretamente a pele.
Nos testes para administração da vacina contra gripe, os pesquisadores relataram que as vacinas aplicadas por meio do nanoadesivo apresentaram uma resposta completamente diferente daquelas aplicadas com o uso da seringa tradicional.
"Isso significa que nós podemos trazer uma ferramenta completamente diferente para a vacinação", disse o pesquisador.
Além disso, a quantidade de vacina necessária é muito menor - até um centésimo da dose normal.
O preço de "uma vacina que custa US$ 10 pode ser reduzido para US$ 0,10, o que é muito importante no mundo em desenvolvimento", acrescentou.
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