Vacinas virais
Cientistas do MIT (EUA) acreditam ter descoberto uma forma mais eficaz de vacinação do que a técnica utilizada hoje.
O novo método consiste em um fino filme plástico que libera gradualmente o código de DNA para sintetização de proteínas virais.
As vacinas normalmente consistem em vírus inativados que, ao entrar no corpo humano, alertam o sistema imunológico para que ele conheça o invasor e prepare uma defesa para a eventualidade de, no futuro, encontrar o vírus real.
No entanto, esta abordagem pode ser muito arriscada com certos vírus, incluindo o HIV.
Vacinas de DNA
Nos últimos anos, muitos cientistas têm explorado o DNA como uma alternativa potencial às vacinas virais.
Cerca de 20 anos atrás, descobriu-se que a codificação de DNA para proteínas virais induz uma forte resposta imunológica em roedores. Mas, até agora, os testes em humanos não conseguiram duplicar esse sucesso.
Na verdade, alguns testes demonstraram o risco de desenvolvimento de doenças autoimunes.
Peter DeMuth e seus colegas agora desenvolveram uma nova forma de liberar essas vacinas de DNA no corpo humano que deu resultados promissores.
Liberação de DNA
Os pesquisadores criaram um curativo formado por várias camadas de polímeros nos quais a vacina de DNA é diluída.
Esses filmes poliméricos podem ser implantados sob a pele, a cerca de meio milímetro de profundidade, o suficiente para liberar o DNA junto às células imunológicas na epiderme, mas não fundo o suficiente para causar dor nas terminações nervosas da derme.
Uma vez sob a pele, os filmes se degradam ao entrar em contato com a água, liberando da vacina ao longo de dias ou semanas. À medida que o filme se rompe, as fitas de DNA enroscam-se no polímero, o que protege o DNA e ajuda-o a entrar nas células.
A película de polímero também inclui um adjuvante - uma molécula que ajuda a aumentar a resposta imune - o adjuvante é constituído por filamentos de RNA que se assemelham ao RNA viral, o que provoca uma inflamação e recruta células imunológicas para a área.
Roedores e macacos
Os cientistas estão animados porque, além dos roedores, o método já se mostrou eficaz em macacos, abrindo caminho para seu teste em humanos.
A equipe ainda planeja fazer novos testes em primatas não-humanos para medir a intensidade da reação imunológica.
Só depois da verificação desses resultados, e dependendo deles, serão programados os testes clínicos.
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