Pesquisadores da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) desenvolveram um novo material com as mesmas qualidades e o mesmo desempenho do amianto para a fabricação de telhas.
O composto reúne quantidade reduzida de fibras sintéticas - que têm preço elevado no mercado - e foi baseado na estrutura de materiais naturais como o bambu.
O amianto é considerado cancerígeno pela Organização Mundial da Saúde (OMS), na mesma classe que o benzeno, formol e tabaco. Mais de 50 países já proibiram a substância, que ainda é extraída e usada no Brasil.
"Faz tempo que a indústria brasileira procura uma telha para substituir a de amianto. Fibras vegetais foram testadas, mas elas não têm durabilidade muito boa. As fibras sintéticas foram empregadas, mas com desempenho inferior às de amianto. Desenvolvemos algo que reduz o emprego de fibras sintéticas sem alterar o desempenho da telha", disse o pesquisador Cleber Marcos Ribeiro Dias, autor do estudo sobre o emprego das fibras.
"Nós fizemos testes do novo composto em escala industrial e já pedimos uma patente com participação de duas empresas, uma de Leme (SP) e outra de Criciúma, que nos ajudaram na pesquisa. Os testes mostraram viabilidade da produção industrial", disse o pesquisador.
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