Utilidade da ansiedade
A ansiedade tem uma montanha de propaganda negativa. A permanência em seu lado negativo pode levar a um estresse crônico, desordens da ansiedade e fobias. Mas, evolucionariamente falando, a ansiedade tem um valor funcional.
Nos humanos, aprender a evitar os riscos é necessário não apenas para a sobrevivência em face de ameaças básicas (tais como predadores ou comida estragada), mas também para evitar ameaças econômicas e sociais mais complexas (como inimigos ou investimentos questionáveis).
A ansiedade no cérebro
Uma equipe de psicólogos da Universidade de Stanford identificou uma região no cérebro, a ínsula anterior, que desempenha um papel fundamental na previsão de ameaças e também no aprendizado de como evitá-las. Em um estudo recente, Gregory Samanez-Larkin e seus colegas mapearam o cérebro de adultos sadios enquanto eles previam que estavam prestes a perder dinheiro.
Adultos com maior ativação da sua ínsula no momento da antecipação da perda financeira se deram melhor no aprendizado de como evitar as perdas financeiras em um jogo separado, meses mais tarde. De modo oposto, os participantes com menor nível de ativação da ínsula passaram por maus pedaços para aprender a evitar perdas e, por conseguinte, perderam mais dinheiro no jogo.
Aprendendo a lidar com riscos
Para essas pessoas, altos níveis de ativação da ínsula ajudaram-nos a aprender a evitar perdas meses mais tarde. Entretanto, os pesquisadores descobriram que a ativação excessiva da ínsula pode ser mostrar problemática. Pesquisas prévias demonstraram que pessoas que são cronicamente amedrontadas e ansiosas têm padrões anormais de ativação da ínsula.
Desta forma, enquanto pessoas com atividades excessivas na ínsula estão sob risco de distúrbios psicológicos, tais como a ansiedade e fobias, níveis de ativação na faixa normal podem permitir às pessoas evitar situações potencialmente perigosas.
Nível saudável de ansiedade
A descoberta, publicada no periódico Psychological Science, aponta na direção de um nível ótimo de ansiedade. Enquanto um nível saudável de ansiedade tem seu valor em termos de sobrevivência, ansiedade demais pode levar a preocupações excessivas e condições clínicas.
Isto pode ajudar a explicar porque comportamentos ansiosos persistem na genética humana, mesmo que as ameaças ambientais variem ao longo das eras.
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