Alergia ao leite
A alergia ao leite é o tipo mais comum de alergia alimentar entre as crianças, afetando 2,5 por cento daquelas menores de 3 anos de idade.
Essas alergias variam largamente em gravidade, indo de sintomas leves até o risco de vida no caso da ingestão do alimento desencadeador da reação.
Agora parece haver uma esperança para as indesejáveis reações, graças a uma pesquisa de imunologistas e alergistas no Hospital Infantil de Boston e da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos.
Tratamento para alergias alimentares
Os cientistas conseguiram efetivamente eliminar a sensibilidade ao leite de um pequeno grupo de crianças aumentando sua exposição ao leite em conjunto com a aplicação de um antialérgico chamado omalizumab.
Segundo eles, o tratamento permitiu que as crianças desenvolvessem rapidamente a resistência ao leite com reações alérgicas muito limitadas.
Apesar de a alergia alimentar ser um problema de saúde pública, atualmente não existe um tratamento eficaz e seguro, exceto evitar os alimentos que desencadeiam a reação anafilática, e tratar precocemente as reações quando elas ocorrem.
Mas a necessidade de novas opções parece fundamental uma vez que o número de crianças diagnosticadas com alergias alimentares está aumentando consideravelmente.
Dessensibilização
Quase todas as crianças que passaram pelo tratamento cumpriram uma dieta duplo-cego - nem elas e nem quem as alimentava sabia o teor ou se havia leite nos alimentos - e depois foram capazes de ingerir o equivalente a um copo de leite por dia ou mais.
Embora estudos anteriores já tivessem demonstrado que a dessensibilização oral ao leite pode aumentar a quantidade de leite tolerada, os pesquisadores afirmam que a administração da omalizumab permitiu que essa dessensibilização ocorresse em um período de tempo menor.
Depois de um pré-tratamento das crianças com o antialérgico, os pesquisadores introduziram o leite na dieta em quantidades cada vez maiores ao longo das próximas sete a 10 semanas, um período de dessensibilização relativamente rápido.
A droga desempenha um efeito protetor, minimizando as reações alérgicas que ainda surgem em alguns pacientes.
Com base nesses resultados, os cientistas agora vão aplicar o mesmo protocolo para pacientes com alergia a amendoim.
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