Transplante de células
Pesquisadores da China e dos EUA, trabalhando conjuntamente, desenvolveram uma estratégia que usa exossomos - minúsculos sacos secretados pelas células e ligados à membrana celular - para imitar os efeitos regeneradores do coração que vêm sendo obtidos com os transplantes de células cardíacas.
A vantagem está em evitar os riscos associados a esses transplantes de células inteiras, que nunca chegaram a ser aprovados.
Essa abordagem "sem células", que acelerou a recuperação de ataques cardíacos induzidos em porcos, pode resolver as questões de segurança e eficácia que impediram que as terapias cardíacas de células inteiras chegassem à adoção clínica.
Exossomos
Nos últimos anos, várias equipes têm explorado a possibilidade de usar transplantes de células cardíacas cultivadas a partir de células-tronco pluripotentes induzidas, para curar o tecido cardíaco após eventos como ataques cardíacos. No entanto, as células cardíacas transplantadas muitas vezes não conseguem se enxertar dentro do receptor e morrem após alguns dias.
Além disso, os médicos continuam preocupados que as células que enxertam possam causar problemas graves de saúde, como arritmia, e até contribuir para a formação de tumores a longo prazo.
Em vez de transplantar células inteiras, Ling Gao e seus colegas resolveram esses problemas administrando apenas exossomos, ou pequenos recipientes para proteínas e DNA que são secretados pelas células.
Para isso, eles isolaram exossomos de três tipos de células do coração humano - células musculares lisas, cardiomiócitos e células endoteliais - e os injetaram no coração de porcos após um ataque cardíaco. Os porcos que receberam os exossomos recuperaram mais a função cardíaca e apresentaram cicatrizes menores em comparação com animais não tratados ou que receberam transplantes de células inteiras.
A equipe afirma que os exossomos acelulares "podem permitir aos médicos explorar as propriedades cardioprotetoras e reparativas das células-tronco pluripotentes induzidas, evitando complexidades associadas ao armazenamento celular, transporte e rejeição imunológica".
O próximo passo será testar a terapia acelular em humanos.
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