21/11/2018

Só ajude seus colegas de trabalho se eles pedirem

Redação do Diário da Saúde
Só ajude seus colegas de trabalho se eles pedirem
Não adianta exagerar: uma agenda cheia demais derruba a produtividade dos funcionários.
[Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay]

"Oferecido"

Quando se trata de oferecer seus conhecimentos e ajuda para seus colegas de trabalho, é melhor ficar na sua e esperar até que os colegas lhe peçam auxílio ou opinião.

Para chegar a essa conclusão, a equipe do professor Russell Johnson, da Universidade do Estado de Michigan (EUA), analisou os diferentes tipos de auxílio em que as pessoas se envolvem no trabalho - e como esse auxílio foi recebido.

"Hoje há muito estresse sobre a produtividade no local de trabalho, e ser um verdadeiro empreendedor, e ajudar todos ao seu redor. Mas isto não é necessariamente a melhor coisa a fazer, sair procurando problemas e gastando tempo tentando consertá-los," disse ele.

Ajuda proativa e ajuda reativa

Ao observar as formas como as pessoas se ajudam mutuamente no local de trabalho, sobressaíram-se dois tipos básicos de auxílio que as pessoas podem oferecer - ajuda proativa e ajuda reativa - diferenciados pelo fato de um colega de trabalho solicitar ou não assistência.

Se você é uma pessoa "dada" e se oferece ativamente para ajudar os outros, você está ajudando de forma proativa. Se um colega de trabalho se aproxima de você e pede ajuda, então você está ajudando de forma reativa.

"O que nós descobrimos é que, no lado de quem ajuda, quando as pessoas se envolvem na ajuda proativa, muitas vezes elas não têm uma compreensão clara dos problemas e questões dos que recebem a ajuda, e assim recebem menos gratidão por isso.

"Do lado de quem recebe ajuda, se as pessoas estão constantemente chegando pra mim e perguntando se eu quero a ajuda delas, isso pode ter um impacto na minha estima e se tornar frustrante. Eu não vou me sentir inclinado a agradecer a pessoa que tentou me ajudar porque eu não pedi ajuda," explicou Johnson.

Com menos gratidão para o que ajuda, e menor estima para a pessoa a quem a ajuda é oferecida, as respostas dos entrevistados provaram que a ajuda proativa dá frutos negativos para ambos os lados, embora por razões diferentes.

"Ser proativo pode ter efeitos tóxicos, especialmente no ajudante. Eles saem recebendo menos gratidão da pessoa que estão ajudando, fazendo com que se sintam menos motivados no trabalho no dia seguinte. Mais frequentemente, os recebedores da ajuda não expressam gratidão imediatamente, o que dá menos sentido à gratidão, uma vez que ela se refere ao ato real de quem ajudou," concluiu Johnson.

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