Radar médico
Um sistema de radar miniaturizado mostrou-se capaz de monitorar - sem contato e sem fios - os sinais vitais dos pacientes, eliminando a necessidade de conectá-los a qualquer máquina.
Do tamanho de um telefone celular, o aparelho registra taxas de respiração e batimentos cardíacos usando ondas de radar sensíveis, que são analisadas por algoritmos incorporados em uma pequena CPU dentro do aparelho.
Criado no Instituto de Pesquisa do Envelhecimento da Universidade de Waterloo (Canadá), a inovação contou com a participação do pesquisador João Carlos Martins de Almeida, da Universidade de Campinas (Unicamp).
A equipe espera que a tecnologia de radar possa ser usada para monitorar a atividade e o risco de quedas de idosos e pacientes em casa ou em abrigos de longa permanência, além dos hospitais, para monitoramento rotineiro das taxas cardíacas e respiratórias de todos os tipos de pacientes.
Monitoramento médico por radar
O sistema de radar médico foi desenvolvido originalmente para monitorar pacientes com apneia do sono, detectando movimentos sutis do tórax, em vez de conectá-los ao equipamento de laboratório por meio de inúmeros fios incômodos e que acabam interferindo com o monitoramento.
"Nós pegamos todo o processo complexo e o tornamos completamente sem fios," disse o professor George Shaker, coordenador da equipe. "E, em vez de em uma clínica, ele pode ser usado no conforto de sua própria cama e funcionar diariamente para um monitoramento contínuo."
Para os primeiros testes, o radar foi montado no teto, sobre a cama de mais de 50 voluntários, enquanto eles dormiam normalmente em um apartamento modelo de cuidados de longo prazo.
O sistema, que coleta e analisa as ondas de radar que são refletidos de volta para a unidade a partir dos corpos dos pacientes, alcançou resultados com uma precisão acima de 90% em comparação com os equipamentos convencionais com fio.
"Esta é a primeira vez que um radar foi usado para sensoriamento cardíaco com este grau de precisão e em um ambiente tão descontrolado," disse o pesquisador Mostafa Alizadeh. "Nossos voluntários dormiram desobstruídos, em qualquer posição, por até oito horas."
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