13/05/2024

Sensor de saúde vestível biocompatível, sem fios e sem baterias

Redação do Diário da Saúde
Sensor de saúde vestível biocompatível, sem fios e sem baterias
Protótipo do dispositivo de recarregamento à distância por conexão magnética.
[Imagem: U. Missouri]

Recarregamento sem fio

Um avanço significativo no desenvolvimento de um sensor bioeletrônico vestível na pele acaba de ser dado com a adição de uma tecnologia de recarregamento sem fio.

Isto significa que, em vez de baterias, o dispositivo obtém sua energia por meio de uma conexão magnética.

Tem havido grandes esforços para o desenvolvimento de materiais macios, respirável e elásticos, que possam ser usados nas chamadas tecnologias vestíveis, tecidos inteligentes que possam servir como base para a coleta de medições precisas de sinais vitais, como pressão arterial, atividade elétrica cardíaca e hidratação da pele.

O problema é que é difícil transferir as tecnologias eletrônicas para as aplicações biomédicas porque os dispositivos tradicionais são tipicamente duros, rígidos e pesados, além de exigir a troca constante de baterias.

"Um relógio é uma superfície dura, por isso ele não é tão eficaz quanto o nosso material no fornecimento de rastreamento preciso de sinais vitais," disse Zheng Yan, da Universidade do Missouri (EUA). "Nosso material poroso e macio funciona como um condutor elétrico, de modo que ele pode manter uma corrente elétrica estável durante o movimento. Este é um passo significativo em direção ao nosso objetivo geral de ajudar a melhorar a biocompatibilidade a longo prazo e a precisão duradoura da bioeletrônica vestível."

Vestíveis e implantáveis

O objetivo final da equipe é fornecer às pessoas uma tecnologia de monitoramento da saúde conveniente e abrangente, que elas possam usar por conta própria a longo prazo, incluindo a capacidade de compartilhar essas informações sem fio com profissionais médicos.

Embora o material já tenha excelentes capacidades para funcionar na pele, a equipe também está explorando a possibilidade de integrá-lo a dispositivos implantados, como marcapassos.

Como o material implantado não irá necessitar de tecnologia Bluetooth ou similar, e não necessita de bateria, ele apresenta vantagens em relação às tecnologias atuais, permitindo uma utilização segura e eficaz em aplicações médicas.

"Se um dispositivo feito com nosso material macio puder ser colocado diretamente na superfície do coração, poderemos obter um sinal mais confiável e oportuno, levando à detecção precoce de problemas de saúde," disse Yan.

Checagem com artigo científico:

Artigo: Phase-separated porous nanocomposite with ultralow percolation threshold for wireless bioelectronics
Autores: Yadong Xu, Zhilu Ye, Ganggang Zhao, Qihui Fei, Zehua Chen, Jiahong Li, Minye Yang, Yichong Ren, Benton Berigan, Yun Ling, Xiaoyan Qian, Lin Shi, Ilker Ozden, Jingwei Xie, Wei Gao, Pai-Yen Chen, Zheng Yan
Publicação: Nature Nanotechnology
DOI: 10.1038/s41565-024-01658-6
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