Religião e riqueza
É bem conhecido o fato de que os países mais ricos apresentam uma população com menor dependência das religiões convencionais.
Mas o que os pesquisadores queriam saber é se é a menor ligação a instituições religiosas que leva a uma maior prosperidade, ou se é a prosperidade que diminui a adesão de pessoas a religiões institucionalizadas.
Para isso, eles entrevistaram quase meio milhão de pessoas em 109 países.
A conclusão clara é que as culturas seculares - nas quais a religião tem menor influência - e que são tolerantes com grupos minoritários e respeitam os direitos dos indivíduos tendem a ter mais riqueza, melhor educação e mais democracia, dizem pesquisadores da Universidade de Bristol (Reino Unido) e da Universidade do Tennessee (EUA).
Especificamente, eles usaram os dados para mostrar como o secularismo e a boa convivência com as minorias podem ser usados para prever estatisticamente o futuro PIB per capita, o número de crianças na escola e a democratização.
Sociedade boa
Os dados mostram que - pelo menos no século 20 - os lugares que tiveram as maiores melhorias econômicas e sociais também tendiam a ter culturas seculares e tolerantes antes desses ganhos.
"Com acesso a conjuntos de dados digitalizados em massa, a história está-se tornando uma ciência. Nossa análise orientada por dados dá sustentação à noção de que uma sociedade 'boa' - que valoriza a diversidade, a tolerância e a abertura - também pode ser uma sociedade 'produtiva', o que é uma razão para termos esperança no futuro," disse o professor Daniel Lawson, um dos coordenadores da pesquisa.
Uma das implicações principais deste estudo é que a promoção do desenvolvimento de um país deve levar em consideração os valores culturais preexistentes. Por exemplo, a promoção da democracia, seja por meio de trocas econômicas ou mudanças de regime, só terá êxito se combinada com a promoção da abertura e da tolerância aos grupos minoritários.
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