Cesáreas em hospitais particulares
A taxa de partos normais entre os hospitais participantes do Projeto Parto Adequado tem-se mantido em ascensão, demonstrando que as mudanças estabelecidas após um ano de implantação da iniciativa são sustentáveis.
A mensagem é da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), cujos dados revelam que as 40 instituições privadas e públicas participantes do programa estão mantendo uma média de 31% de partos normais entre o público-alvo das medidas.
Seis meses antes do fim do projeto, 21 hospitais - mais da metade - já atingiram pelo menos 40% de partos vaginais, alcançando marco importante no âmbito da iniciativa.
Antes de dar início às medidas para reduzir as cesáreas desnecessárias, os hospitais e maternidades apresentavam, em média, 22% de partos normais. Passado 12 meses, o grupo registrou um aumento de nove pontos percentuais na taxa de partos normais entre as gestantes atendidas nas instituições particulares, que são alvo das mudanças implementadas.
O resultado positivo se deu mesmo durante as festividades de final do ano, período em que se acredita que há um notório aumento das cesarianas agendadas sem necessidade.
Menos riscos para mães e bebês
Outros indicadores monitorados também têm apresentado resultados que corroboram a eficácia das medidas, entre os quais as admissões em UTI neonatal decorrentes de cesáreas prematuras. Seis hospitais já conseguiram reduzir as internações, com índices que variaram de 29% a 67% de queda.
No Brasil, 25% dos óbitos neonatais e 16% dos óbitos infantis estão relacionados à prematuridade.
Quando não tem indicação médica, a cesárea ocasiona riscos desnecessários à saúde da mulher e do bebê: aumenta em 120 vezes a probabilidade de problemas respiratórios para o recém-nascido e triplica o risco de morte da mãe.
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