26/04/2018

Produtos de higiene feminina associados com infecções

Redação do Diário da Saúde
Produtos de higiene feminina associados com infecções
Pesquisadores afirmam que produtos de higiene feminina provavelmente fazem mais mal do que bem.
[Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay]

Higiene arriscada

Produtos de higiene íntima para as mulheres têm amplo mercado no mundo todo, mas eles provavelmente fazem mais mal do que bem, afirma o Dr. Kieran O'Doherty, da Universidade de Guelph (Canadá).

A equipe descobriu que as mulheres que usam esses produtos - foram analisados produtos vendidos no mercado canadense - têm três vezes mais probabilidade de experimentar algum tipo de infecção vaginal. Ocorre que, em muitos casos, as mulheres compram esses produtos justamente para tratar uma condição vaginal já existente.

"Embora pesquisas já tenham mostrado que a ducha pode ter um impacto negativo na saúde vaginal, pouco se sabia sobre as dezenas de outros produtos existentes," disse O'Doherty.

Entre as 1.500 mulheres envolvidas no estudo, os produtos mais utilizados incluíam hidratantes e lubrificantes, cremes anti-coceira e lenços higiênicos.

Higiene feminina e infecções

Os resultados mostraram associação de alguns produtos com infecções específicas.

As mulheres que usaram géis higienizadores mostraram-se oito vezes mais propensas a ter uma infecção por fungos e quase 20 vezes mais propensas a ter uma infecção bacteriana.

Mulheres que usaram lenços ou géis tiveram quase 3,5 vezes mais chances de ter uma infecção bacteriana e 2,5 vezes mais probabilidade de relatar uma infecção do trato urinário.

As participantes que usaram lenços femininos apresentaram duas vezes mais chances de ter uma infecção do trato urinário, e aquelas que usaram lubrificantes ou hidratantes apresentaram 2,5 vezes mais chances de ter uma infecção por fungos.

"O estudo não estabelece se são os produtos que causam as infecções ou se as mulheres estão usando os produtos na tentativa de combater a infecção," disse O'Doherty. "No entanto, os resultados fornecem evidências importantes para correlações fortes que precisam de mais pesquisas."

"Esses produtos podem estar impedindo o crescimento das bactérias saudáveis necessárias para combater a infecção," finalizou o pesquisador, acrescentando que estudos específicos deverão ser realizados para comprovar essa hipótese.

O estudo foi publicado na revista BMC Women's Health.

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