20/01/2017

Pimentas vermelhas aumentam longevidade

Redação do Diário da Saúde
Pimentas vermelhas aumentam longevidade
De fato, comer pimenta ajuda a viver mais.
[Imagem: Rosa Lia Barbieri/CPACT/Embrapa]

Apimentando a vida

Você gosta de comida picante? Se gosta e costuma de fato apimentar seus pratos, você poderá viver mais tempo.

É o que garantem pesquisadores da Universidade de Vermont (EUA).

Eles descobriram que o consumo de pimentas vermelhas ardidas - malaguetas e assemelhadas - está associado com uma redução de 13% na mortalidade total. Em particular, há uma forte defesa contra mortes devido a doenças cardíacas e derrames (acidente vascular cerebral).

Curiosamente, e apesar de séculos de sabedoria popular afirmando que as pimentas e outras especiarias são benéficas no tratamento de doenças, a equipe encontrou apenas um outro estudo - realizado na China e publicado em 2015 - que examina especificamente a relação entre o consumo de pimenta e sua associação com a mortalidade.

O estudo chinês concluiu que comer pimenta ajuda a viver mais. E, no mesmo ano, outro pesquisador chinês mostrou que este efeito pode ser devido a uma substância presente nas pimentas, chamada capsaicina.

Benefícios de comer pimenta

Este novo estudo corrobora os dois resultados anteriores.

Mustafa Chopan e Benjamin Littenberg usaram informações de uma base de dados nacional dos EUA (National Health and Nutritional Examination Survey) envolvendo mais de 16.000 pessoas, que foram monitoradas por até 23 anos.

As pessoas que costumavam comer pimentas vermelhas regularmente tenderam a ter menores níveis de colesterol HDL em comparação com os participantes que não consumiam pimenta vermelha.

"Embora o mecanismo pelo qual as pimentas possam atrasar a mortalidade esteja longe de estar determinado, os canais de TRP (Potencial de Receptor Transiente), que são receptores primários para agentes pungentes como a capsaicina (o componente principal nas pimentas), podem ser parcialmente responsáveis pela relação observada," escreveram os autores do estudo.

A dupla acrescenta que existem algumas explicações possíveis para os benefícios das pimentas para a saúde. Entre elas está o fato de que a capsaicina parece desempenhar um papel importante nos mecanismos celulares e moleculares que impedem a obesidade e modulam o fluxo sanguíneo coronariano, além de possuir propriedades antimicrobianas que "podem indiretamente afetar o hospedeiro alterando a microbiota intestinal".

O estudo foi publicado na revista PLoS ONE.

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