16/03/2015

Ouvir música clássica ativa genes no cérebro

Redação do Diário da Saúde
Ouvir música clássica ativa genes no cérebro
Já se sabia que a musicoterapia reduz depressão em crianças e adolescentes, além de ajudar na reabilitação no aprendizado da fala.
[Imagem: Cortesia Northern Ireland Music Therapy Trust]

Música e cérebro

A musicoterapia é uma das chamadas terapias alternativas - tipicamente tratamentos não-medicamentosos - que mais têm crescido devido aos efeitos positivos sem qualquer efeito colateral.

Um dos mecanismos fisiológicos que explicam como ouvir música pode fazer bem ao cérebro foi agora descoberto pela equipe da Dra. Irma Jarvela, da Universidade de Helsinque (Finlândia).

Os resultados mostraram que ouvir música clássica aumenta a atividade dos genes envolvidos na secreção e transporte do hormônio dopamina, na intensidade das sinapses, no aprendizado e na memória.

Além disso, a música reduz a atividade dos genes envolvidos na neurodegeneração, normalmente envolvida em doenças como Alzheimer e Parkinson, entre várias outras.

Música e cérebro

A equipe estudou 48 voluntários que ouviram o Concerto para Violino número 3, de Mozart.

Um dos genes mais afetados foi o SNCA (sigla em inglês para alfa-sinucleína), fortemente envolvido com o Parkinson.

Infelizmente, o efeito não foi o mesmo para todos os voluntários.

"O efeito apenas foi detectável nos participantes musicalmente experientes, sugerindo a importância da familiaridade e experiência em mediar os efeitos induzidos pela música," escreveu a equipe em seu artigo.

De qualquer forma, este estudo é mais um na lista cada vez maior de experimentos científicos que desvendam alterações fisiológicas induzidas por sentimentos e emoções, como a recente demonstração de que natureza, arte e espiritualidade são anti-inflamatórios naturais.

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