Autoconfiança e riscos
Superestimar as próprias capacidades pode ter conseqüências catastróficas.
Um investidor no sistema financeiro pode perder milhões em um lançamento do tipo "esse eu não posso perder."
Pesquisas têm estudado esse tema, mas com um problema crucial: elas dependem dos participantes para que eles relatem seu próprio excesso de autoconfiança.
Mas Pascal Mamassian, um pesquisador da CNRS e da Universidade de Paris Descartes, na França, acredita ter descoberto uma forma para contornar esse problema.
Em um artigo publicado no periódico científico Psychological Science, Mamassian demonstra que o excesso de autoconfiança pode ser revelado utilizando uma tarefa visual-motora natural e objetiva.
Descobrindo quem tem excesso de autoconfiança
Os participantes no estudo de Mamassian sentaram à frente de um computador e foi solicitado a eles que pressionassem uma tecla em sincronia com uma "bolha" visual que iria aparecer na tela. Os participantes recebiam pontos se tivessem sucesso e perdiam pontos se pressionassem a tecla muito cedo ou muito tarde.
Mamassian então utilizou um modelo matemático para examinar como os participantes necessitariam ajustar sua estratégia de apertar a tecla a fim de maximizar seus ganhar e minimizar suas perdas.
Incerteza e erros
O pesquisador descobriu que os participantes falhavam o tempo todo em atingir seu tempo ótimo, em vez de mostrar autoconfiança na sua ação. Os participantes com excesso de autoconfiança não se ajustaram às estratégias e continuaram subestimando a grandeza dos riscos, a magnitude da sua incerteza e o custo do seu erro.
"Se eles tivessem usado sua própria incerteza motora para antecipar o momento do estímulo visual, eles deveriam maximizar seus ganhos. Contudo, em vez disso eles mostrar um excesso de autoconfiança no sentido de que eles subestimaram a magnitude da sua própria incerteza e o custo do seu erro," escreveu Mamassian.
Devido à natureza objetiva da tarefa, ele sugere que "O excesso de autoconfiança não é limitado ao reino das crenças subjetivas e julgamentos cognitivos, mas parece refletir uma característica geral da tomada de decisão humana."
Ver mais notícias sobre os temas: | |||
Auto-imagem | Emoções | Trabalho e Emprego | |
Ver todos os temas >> |
A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos.
Copyright 2006-2024 www.diariodasaude.com.br. Todos os direitos reservados para os respectivos detentores das marcas. Reprodução proibida.