29/07/2011

Ondas cerebrais ajudam motorista a frear carro em emergência

Redação do Diário da Saúde
Ondas cerebrais ajudam motorista a frear carro em emergência
O sistema de leitura das ondas cerebrais pode detectar a intenção do motorista em frear 130 milissegundos antes que ele consiga apertar o pedal do freio.
[Imagem: Haufe et al./IOP]

Dirigir com o poder do pensamento

Os cientistas já sabem que o cérebro possui várias "estações de rádio", e que é possível sintonizá-las para controlar aparelhos, de computadores a próteses biônicas.

Agora, pesquisadores alemães usaram as ondas cerebrais para ajudar um motorista a controlar um carro.

Mesmo que "dirigir um carro com o poder do pensamento" ainda esteja restrito a um simulador, os cientistas descobriram que o motorista consegue frear o carro muito mais rapidamente em uma situação de emergência.

Menor tempo de reação

Os sinais cerebrais são captados e ajudam na antecipação da frenagem, reduzindo muito o tempo de reação do motorista, uma tecnologia que, no futuro, poderá evitar inúmeros acidentes.

A pesquisa demonstrou que o sistema de leitura da mente pode detectar a intenção do motorista em frear 130 milissegundos antes que ele consiga apertar o pedal do freio.

Em um carro viajando a 100 km/h, isso significa uma redução no espaço necessário para parar o carro de 3,66 metros - mais ou menos a dimensão de um carro, ou a margem potencial entre causar e evitar um acidente.

Eletroencefalografia e atividade mioelétrica

Embora já seja possível "ler" as ondas cerebrais até mesmo pela fala, os cientistas usaram a técnica mais tradicional de sensores não-invasivos, colados sobre o crânio do paciente - basicamente uma eletroencefalografia aprimorada.

Além da eletroencefalografia, os pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Berlim examinaram a atividade mioelétrica, que é causada pela tensão muscular na parte inferior da perna e pode ser usada para detectar o movimento da perna antes que ela de fato aperte o pedal do freio.

"Nós estamos agora pensando em testar o sistema em um carro real. Entretanto, se essa tecnologia chegar a um produto comercial, ela certamente será usada para complementar outras tecnologias assistivas, para evitar as consequências de falsos alarmes que possam ser chatos e perigosos," disse o Dr. Stefan Haufe, coordenador do estudo.

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