24/09/2015

Novo esforço focará pacientes negligenciados, e não o lucro

Com informações da DNDi

Medicamentos para Doenças Negligenciadas

A iniciativa Medicamentos para Doenças Negligenciadas (DNDi, na sigla em inglês para Drugs for Neglected Diseases iniciative) anunciou novos planos para otimizar o desenvolvimento de medicamentos para as doenças mais negligenciadas pela indústria farmacêutica.

O objetivo é integrar distintos modelos de funcionamento para responder melhor às necessidades dos pacientes, em especial aqueles em países de baixa e média renda, assim como abrir caminho para a inclusão de novas doenças no portfólio da DNDi.

A DNDi continua com o compromisso de desenvolver tratamentos para a doença do sono (tripanossomíase humana africana), as leishmanioses e a doença de Chagas, assim como para as filarioses e o HIV pediátrico.

Pacientes versus lucro

As novas atividades incluirão novos projetos para hepatite C e micetoma, duas doenças diferentes que compartilham um desafio fundamental: o fato de o sistema de inovação biomédica atual não ter podido disponibilizar produtos seguros, eficazes e de qualidade que sejam acessíveis às populações mais carentes.

"Novas ameaças estão surgindo a uma velocidade vertiginosa no cenário de P&D voltada para a saúde global", disse o Dr. Bernard Pécoul, Diretor Executivo da DNDi.

"A DNDi continuará focada no desenvolvimento de tratamentos para as doenças mais negligenciadas, mas estamos agora em condições de aplicar novos modelos nos quais as necessidades dos pacientes, e não o lucro, impulsionam o desenvolvimento de medicamentos, e onde os preços dos medicamentos são desvinculados do custo de desenvolvimento."

Hepatite C e micetoma

O alto custo de uma nova geração de medicamentos para a hepatite C, por exemplo, se tornou um dos desafios mais prementes no âmbito da saúde pública mundial, deixando milhões de pacientes desatendidos.

Para desenvolver uma ferramenta de saúde pública com preço acessível para o tratamento da hepatite C, a DNDi conduzirá ensaios clínicos para testar combinações de drogas recém-aprovadas e compostos químicos já em estudos clínicos em países de renda média.

Para micetoma, a DNDi vai testar um promissor candidato a a medicamento para esta doença devastadora e que para a qual não tem havido praticamente nenhuma pesquisa, relegando pacientes a drogas tóxicas e ineficazes.

Para ajudar a lutar contra a ameaça global representada pela resistência antimicrobiana, a DNDi também criará uma força-tarefa interna, em colaboração com a Organização Mundial da Saúde (OMS), para avaliar a possibilidade de criação de uma incubadora com o objetivo de abrigar uma nova iniciativa focada no desenvolvimento de antibióticos.

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