Cigarro e perda de peso
De um lado, é comum ver pessoas que engordaram após largar o cigarro - ou que dizem continuar a fumar para não ganhar peso.
No lado oposto, os fumantes costumam morrer mais cedo - e mais magros.
Agora, uma nova pesquisa, publicada na revista Science destaca a relação entre fumo e peso.
"Fumar não implica ficar magro, mas muitas pessoas dizem que não param de fumar por medo de ganhar peso. Nosso objetivo é ajudar as pessoas a manter seu peso após largar o cigarro e, eventualmente, ajudar também aos não fumantes que lutam contra a obesidade", disse Marina Picciotto, da Universidade de Yale (EUA).
Sem nova dependência
O trabalho, que reuniu cientistas dos Estados Unidos e do Canadá, indica que a nicotina realmente diminui o apetite, e o faz por meio da ativação de um grupo específico de neurônios no cérebro.
Embora o fumo continue como uma das principais causas de mortalidade em todo o mundo, o novo estudo levanta a possibilidade de desenvolver tratamentos com base na nicotina para ajudar pessoas a parar de fumar e, ao mesmo tempo, evitar a obesidade e distúrbios metabólicos.
Desde, é claro, que estudos mais detalhados não demonstrem dependência de qualquer medicamento desenvolvido para esse fim.
Mas a pesquisa está longe de propor fármacos para essa finalidade, tratando-se mais de um entendimento básico do funcionamento do mecanismo biológico.
Receptores cerebrais
Os cientistas realizaram em camundongos experimentos variados, entre os quais moleculares, farmacológicos, eletrofisiológicos, genéticos e comportamentais.
O grupo descobriu que a nicotina ativa um conjunto específico de circuitos nervosos centrais, conhecidos como receptores de melanocortina do hipotálamo.
Esses receptores, por sua vez, aumentam a atividade dos neurônios chamados de POMC (pró-opiomelanocortina) e de uma série de receptores de melanocortina 4.
Ou seja, a nicotina ativa células que sinalizam ao corpo que o indivíduo já comeu o suficiente.
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