Curativos colam bem em partes mais planas do corpo, mas não ajudam muito quando se trata de proteger lugares como entre os dedos das mãos e dos pés, por exemplo.
E, sobretudo para vítimas de queimaduras, proteger esses locais contra infecções é fundamental.
A solução está vindo por meio da nanotecnologia.
Yosuke Okamura e seus colegas da Universidade de Tokai (Japão) criaram nanofolhas de um poliéster biodegradável chamado poliácido L-láctico.
Os revestimentos ultrafinos, que os cientistas chamam de nanofolhas, colam sozinhos nas partes mais difíceis de proteger, nos contornos do corpo.
O nanocurativo foi fabricado colocando o material biodegradável em um recipiente com água e agitando-o até romper suas fibras.
Quando o líquido resultante foi despejado em uma superfície plana, os minúsculos fragmentos se uniram de forma parecida com uma colcha de retalhos. Bastou então deixá-los secar e estava pronto o nanocurativo.
Nanocurativo
As nanofolhas foram capazes de evitar as infecções mesmo nos minúsculos contornos internos dos dedos de camundongos.
O curativo protegeu os ferimentos contra a infecção por três dias consecutivos.
Com um revestimento adicional, as bactérias foram mantidas fora do ferimento por um total de seis dias.
Isto significa que o material, se vier a ser aprovado para pacientes humanos, poderá reduzir o número de vezes que os curativos precisam ser trocados.
Com um olho em testes clínicos em humanos, os pesquisadores estão planejando testes em animais de grande porte e testes de biossegurança.
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