Atos morais
A inclinação política afeta o modo como uma pessoa encara questões de moralidade mais do que a religião professada por essa pessoa.
Para monitorar os voluntários no seu dia a dia, em situações mais realistas, a pesquisa foi realizada por meio de questões transmitidas pelo celular a uma amostra de mais de 1,2 mil voluntários, nos Estados Unidos e no Canadá.
Os pesquisadores enviaram aos voluntários, quatro vezes ao dia ao longo de três dias, um questionário onde perguntavam se eles haviam praticado, sofrido, testemunhado ou ouvido falar de um ato moral ou imoral na última hora.
O questionário incluía ainda um pedido para a descrição desse ato moral e como os voluntários haviam se sentido a respeito dele.
Moralidade na ação
As pessoas religiosas não se mostraram mais morais na hora de agir, mesmo tendo-se revelado mais chocadas e indignadas ao testemunhar uma imoralidade.
Já a tendência política da pessoa revelou uma divisão clara de pontos de vista: pessoas liberais mostraram-se mais afetadas emocionalmente por atos morais ou imorais envolvendo questões de justiça ou injustiça, enquanto que os conservadores deram mais peso a atos de lealdade ou traição.
O resultado, dizem os autores, dá apoio a teorias sobre a natureza da fofoca (as pessoas ouvem falar mais sobre os atos imorais dos outros), do "contágio moral" (receptores de atos morais tendem a se comportar de modo moral mais adiante) e da "licenciosidade moral" (vítimas de atos imorais tendem a se comportar de modo imoral).
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