O Ministério da Saúde emitiu nota para esclarecer a política nacional de monitoramento, detecção e tratamento do câncer de mama.
Segundo a nota, as políticas públicas adotadas no Brasil são baseadas em evidências científicas consagradas internacionalmente.
A afirmação é uma resposta a uma série de ataques feitas na imprensa por entidades ligadas aos médicos e hospitais.
"O Ministério da Saúde repudia as informações falsas divulgadas à população brasileira a respeito da Portaria 1.253/2013 e que estão sendo alvo de interpretações equivocadas por entidades do setor - Conselho Federal de Medicina (CFM), Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR), Sociedade Brasileira de Mastologia, Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e Federação Brasileira das Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA)", diz a nota.
"Falsas informações só contribuem para propagar a desinformação e, consequentemente, gerar desserviço à população, num momento em que o Ministério da Saúde, em conjunto com as secretarias municipais e estaduais de saúde, trabalha para orientar e sensibilizar as mulheres sobre o cuidado e necessidade de prevenção (detecção precoce) do câncer de mama, uma das prioridades do governo federal na área da saúde," acrescenta.
No mundo todo, tem havido uma preocupação crescente com a adoção das mamografias sem observação dos riscos que o próprio exame induz, além de resultados questionáveis no diagnóstico e do grande número de falsos positivos, levando mulheres saudáveis a passarem por verdadeiros dramas sem terem a doença.
"Estudos científicos compravam a maior eficácia do exame de rastreamento (mamografia bilateral) feito a cada dois anos para as mulheres com 50 a 69 anos de idade. No SUS, esse exame é feito sem a necessidade de pedido médico," diz a nota do Ministério.
A recomendação por priorizar esta faixa etária é feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e seguida por países que, há décadas, mantêm programas organizados de rastreamento do câncer mamário, a exemplo da Holanda, Suécia, Noruega, Dinamarca, Alemanha, França, Austrália, Finlândia, Japão, Canadá e os países do Reino Unido.
"Com isso, é inadmissível o caso de se contestar, no Brasil, a adoção de evidências científicas tão claras adotadas internacionalmente e ignoradas por especialistas brasileiros. Aliás, estudos indicam que a partir dos 50 anos o tecido mamário é substituído pela gordura e por isso a visualização de um possível tumor ou calcificação maligna se torna mais clara. Além disso, a mamografia abaixo dos 50 anos não tem o mesmo resultado quando realizada na faixa prioritária," diz o Ministério.
Contudo, mesma para a faixa etária abaixo dos 50 anos, o Ministério da Saúde garante a mamografia unilateral, feita por opção da mulher - o exame também pode ser realizado em qualquer faixa etária desde que a paciente apresente sintomas ou histórico de câncer na família.
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