Minipílulas também aumentam ligeiramente risco de câncer de mama

A principal preocupação é com o aumento do risco de câncer de mama induzido pela exposição aos hormônios.
[Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay]

Minipílulas

Os anticoncepcionais só de progestagênio, mais conhecidos como "minipílulas", estão associados a um aumento do risco de câncer de mama em nível semelhante ao da pílula anticoncepcional combinada.

Uma equipe internacional de pesquisadores comparou mulheres com menos de 50 anos que tiveram câncer de mama com membros da população em geral com dados demográficos semelhantes, e constataram que 44% das mulheres com câncer de mama e 39% das mulheres sem câncer de mama tinham prescrição de pílula anticoncepcional.

Mas o dado mais importante é que o aumento do risco foi praticamente o mesmo, independentemente de qual pílula as mulheres tomaram.

Isso se traduz em cerca de oito casos a mais de câncer de mama por 100.000 mulheres de 16 a 20 anos entre as que tomam qualquer tipo de pílula anticoncepcional, e 265 casos extras por 100.000 mulheres de 35 a 39 anos.

Anticoncepcionais e risco de câncer de mama

O uso de contraceptivos orais combinados, contendo estrogênio e progestagênio, foi previamente associado a um pequeno aumento no risco de câncer de mama, mas há dados limitados sobre o efeito dos contraceptivos hormonais apenas com progestagênio.

No entanto, o uso de contraceptivos só de progestagênio aumentou substancialmente nos últimos anos, em alguns países já sendo quase tão receitado quanto os anticoncepcionais orais combinados tradicionais.

"Dado que o risco subjacente de câncer de mama aumenta com o avanço da idade, o risco excessivo absoluto associado ao uso de qualquer tipo de contraceptivo oral será menor em mulheres que o usam em idades mais jovens do que em idades mais avançadas," escreveram os pesquisadores. "Esses riscos excessivos devem, no entanto, ser vistos no contexto dos benefícios bem estabelecidos do uso de anticoncepcionais nos anos reprodutivos das mulheres."