06/07/2017

Mini-implante dentário é mais eficiente e mais barato

Com informações do Jornal da USP
Mini-implante dentário é mais eficiente e mais barato
Criado na Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto, sistema possibilita que mais pacientes sejam aptos a receber implantes a preços menores.
[Imagem: Forp]

Mini-implantes dentais

Uma novidade saindo dos laboratórios da Faculdade de Odontologia da USP em Ribeirão Preto pretende restaurar funções dentais sem os desconfortos das dentaduras e os riscos das cirurgias invasivas dos implantes dentários convencionais. E tudo isso a um custo menor do que o dos métodos atualmente utilizados.

A equipe da professora Andréa Cândido dos Reis criou um sistema composto de mini-implantes e dispositivos protéticos e cirúrgicos com os quais é possível superar as principais dificuldades dessa área da clínica odontológica.

Para testar a ideia, a equipe reuniu especialistas de diferentes campos - da engenharia de materiais à física e odontologia. Além de analisar e comprovar a eficácia da técnica, os pesquisadores acreditam que essa modalidade de tratamento será mais acessível para a maioria da população.

Menores e melhores

As vantagens dos mini-implantes estão na eficiência dos seus dois milímetros de diâmetro, contra os 3,4 a 5 milímetros dos implantes convencionais. Além de menores, os novos mini-implantes ganharam formatos chanfrados e autoperfurantes e uma broca helicoidal, também com função de corte, facilitando sua inserção.

Essas características, conta a professora Andréa, garantem redução na quantidade de dispositivos para a instalação cirúrgica do implante, o que diminui os custos, dispensam a necessidade de enxerto ósseo (comum nesses procedimentos) e minimizam o trauma cirúrgico.

Hoje, os implantes dentários não são viáveis em todos os casos de falta de dentes. Além de caros - o preço dos implantes pode ser até quatro vezes maior do que o de prótese convencional -, a instalação das bases de metal requer cirurgia e, comumente, enxerto ósseo. Já com os mini-implantes, o procedimento é menos complexo, dispensa os enxertos e diminui riscos cirúrgicos, "principalmente àqueles que têm saúde comprometida", diz a professora.

A equipe agora está contando com o auxílio da agência de inovação da USP para tentar levar os mini-implantes ao mercado.

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