Falsos positivos de mamografias
Metade de todas as mulheres que fizerem mamografias anualmente durante 10 anos terá pelo menos um resultado falso-positivo, mesmo se usar os exames 3D mais modernos.
Um falso positivo é quando uma mamografia é sinalizada como anormal, mas não há câncer na mama.
O dado é preocupante porque, além dos danos psicológicos de esperar vários dias por novos exames na crença de poder estar com câncer, um falso-positivo em uma mamografia aumenta o risco de câncer real na mesma paciente.
Os dados também mostraram que o risco de resultados falsos positivos após 10 anos de triagem é consideravelmente menor em mulheres que fazem os exames a cada dois anos.
E também mostraram que o rastreamento repetido do câncer de mama com mamografia 3D diminui apenas modestamente a chance de ter um resultado falso positivo, em comparação com a mamografia 2D digital padrão.
Outros fatores mais fortemente ligados a um menor risco de falso positivo incluem mamas não densas e idade mais avançada.
"A tecnologia de triagem não teve um impacto substancial na redução de falsos positivos," disse o professor Michael Bissell, da Universidade da Califórnia em Davis. "Os resultados do nosso estudo destacam a importância das discussões entre paciente e provedor sobre saúde personalizada. É importante considerar as preferências e fatores de risco de uma paciente ao decidir sobre o intervalo e a modalidade de triagem".
Mamografias falso-positivas são comuns
Um resultado falso positivo é uma avaliação de mamografia de rastreamento que dá resultado positivo para o câncer, o que leva a mais investigação diagnóstica, que finalmente conclui que não há de câncer de mama.
Quando anormalidades são encontradas em uma mamografia, a paciente é chamada para exames adicionais de imagem e de acompanhamento. Se for considerado livre de câncer no final da avaliação diagnóstica, e por um ano após o retorno, a paciente é considerada como tendo recebido um resultado falso positivo.
Infelizmente, os falsos positivos na mamografia são comuns. Enquanto cerca de 12% das mamografias de rastreamento 2D são convocadas para mais investigação, apenas 4,4% dessas rechamadas, ou 0,5% no geral, terminam com um diagnóstico de câncer.
"Para detectar o câncer de mama precocemente, precisamos ter cuidado e investigar quaisquer achados potencialmente anormais. Portanto, as mulheres não devem se preocupar se forem convocadas para exames de imagem ou biópsia adicionais. A grande maioria desses resultados é benigna," ressaltou o professor Thao-Quyen Ho, coautor do estudo.
Outros especialistas, contudo, são bem mais céticos sobre o rastreamento por mamografia, com dados mostrando que mamografias anuais não reduzem as mortes mais do que exames físicos que a própria mulher pode fazer em casa.
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