Prós e contras do lítio
O lítio não é usado apenas em baterias - o elemento é a principal medicação para tratar o transtorno bipolar e outras condições neurológicas.
Mas há dois problemas nesse uso, que está ensejando uma nova corrida científica em busca de um medicamento mais seguro e mais eficaz.
O principal problema é a toxicidade do lítio e seus efeitos colaterais.
O segundo é que, embora apresente alguns resultados, os cientistas não sabem exatamente como ele funciona no organismo.
O assunto é tão sério que mereceu a capa do último exemplar da revista Chemical & Engineering, da Sociedade Americana de Química.
Bethany Halford, editora da revista, explica que o lítio é o medicamento primário para acalmar os altos e elevar os baixos da desordem bipolar.
Além de ser barato, ele é o único medicamento que se mostrou capaz de evitar o suicídio na fase depressiva do transtorno.
Pacientes
O artigo explica, no entanto, que o lítio também tem suas desvantagens, como uma fina linha entre a dose efetiva e a dose tóxica.
Seus efeitos colaterais incluem problemas de tireoide, ganho de peso e, em alguns casos, a insuficiência renal.
Na esperança de superar as limitações do lítio, os cientistas estão tentando identificar exatamente como o lítio estabiliza o humor e como ele gera esses efeitos indesejáveis.
O objetivo é o desenvolvimento de uma segunda geração de medicamentos, sem as desvantagens do lítio.
O artigo é um chamamento aos cientistas, mostrando as abordagens que vários deles estão utilizando nessa busca.
Afinal, eles sabem que os pacientes estão esperando pelos seus resultados - ansiosamente explosivos ou sem forças para reagir à sua condição.
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