Não têm faltado pesquisas científicas sobre o Facebook, algumas concluindo que ele faz bem, outras afirmando que as redes sociais tornam as pessoas menos felizes e até alertas de que o Facebook está criando uma geração de "auto-assessores" de imagem.
Quem será que está certo nessa multiplicidade de conclusões, algumas diametralmente opostas? Afinal, como as redes sociais realmente afetam o humor e as emoções das pessoas?
A equipe do Dr. Ethan Kross, da Universidade de Michigan (EUA) acredita ter encontrado a explicação para interpretações tão diversas sobre o uso do Facebook.
Segundo as novas conclusões, os efeitos que o uso do Facebook induzem sobre as pessoas dependem da forma como cada uma usa a rede social.
Por exemplo, ficar apenas lendo o que acontece nas "vidas idealizadas" de outras pessoas pode tornar a própria realidade dolorosa, gerando tristeza.
Formas de usar o Facebook
Em 2013, a mesma equipe concluíra que o Facebook torna as pessoas mais tristes depois de analisar o comportamento dos usuários cinco vezes por dia, durante 2 semanas.
Mas os resultados não deram nenhuma pista sobre o que exatamente gera esse efeito negativo.
Agora, em vez de apenas estudar o bem-estar das pessoas e seu uso do Facebook ao longo do tempo, os pesquisadores realizaram uma "intervenção", com os voluntários indo várias vezes ao laboratório e utilizando as suas contas pessoais de maneiras específicas.
Afinal, a interação pelas redes sociais consiste em um conjunto diverso de atividades, como olhar fotos, "gostar" dos perfis dos outros ou interagir diretamente com os amigos através de mensagens e comentários.
Uso ativo e passivo do Facebook
Os resultados sugerem que o uso do Facebook não gera nenhum efeito sobre o bem-estar das pessoas quando elas usam o site "ativamente".
Quando postam atualizações de status, compartilham conteúdo e trocam mensagens com os outros, o estado de espírito das pessoas permanece o mesmo ao longo do dia.
Mas quando as pessoas usam o Facebook "passivamente", apenas navegando por fotografias de momentos felizes de outras pessoas, lendo as conversas dessas pessoas, isso tem um efeito danoso sobre suas emoções.
"Usar o Facebook em si não é ruim para o bem-estar, mas 'peruar' pelo seu conteúdo é," concluiu Kross.
A possível razão para isso, sugerida pela equipe, é que as pessoas publicam versões idealizadas de si mesmas no Facebook.
Quando outros navegam por essas "vidas idealizadas", e as comparam com a sua própria vida no mundo real, isso gera emoções negativas, deixando as pessoas tristes e deprimidas.
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